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quinta-feira, 13 de agosto de 2015

Capacete importado e Selo do INMETRO - Desnecessidade parcial

Esses dias tive a "felicidade" de vencer leilão da Inglaterra e após os devidos trâmites de pagamento, estava a caminho meu exclusivo capacete modelo Buell, assinado por ninguém menos do que Erick Buell! O item iria ficar na estante da empresa, já que foi com uma Buell que comecei a traçar os primeiros planos para a A&K Motorcycle Rentals, hoje uma realidade. 

Manda para o Brasil, e aí começa a tortura... Mal chega ao país e o fiscal da aduana acha que o item tem de ter "selinho" e dá conta de que a mercadoria "não possuía INMETRO". 

Vira, mexe, um ajuda daqui, outro dali, procuração prá lá, outros documentos que comprovassem tudo que paguei (para não faltar um centavo de imposto), outros 4 meses e mais R$ 1.800,00 reais de taxas e impostos variados, levando o capacete à cifra astronômica do triplo que paguei pelo mesmo, chega tanto o capacete quanto uma certeza: capacete importado no Brasil? Nunca mais!

Não enquanto este não for um país sério, que saiba distinguir um item de coleção de um item de uso  (usar um capacete desses seria o mesmo que um "jáspion" andar com um assinado pelo "Doctor" em vez de expô-lo em uma vitrine...). Não enquanto um item de coleção precisar de "INMETRO". Ao menos não enquanto o que se quer é apenas arrecadar mais e mais e mais, custe o que custar.

A verdade, a quem quer sabê-la, é que "selo do INMETRO" tornar-se-á sempre fator secundário, até mesmo porque todos sabem que um capacete de última qualidade que se abre ao meio e que não se entende como pode carregar selo do INMETRO (não vou sequer listar nomes, pois meu leitor sabe muito bem de quais me refiro), não vale NADA em termos de proteção perto de um que carregue o selo DOT, cujas regras são infinitamente mais rígidas que do INMETRO, respeitando o órgão.

No fim e ao cabo, necessidade maior é mudar o país e a mentalidade de todos. 

Agora, quando me perguntam se no Brasil há a necessidade de uso de selo do INMETRO em capacete importado, respondo de bate pronto: quer usar um capacete importado? Use fora do Brasil. Não vale a pena pagar - e penar - mais imposto ainda. E o de importação, é uma fortuna.

Afinal, ninguém se importa em quanto vale a sua cabeça. 

Sem imagens no post de hoje. Pois não merece.


segunda-feira, 17 de maio de 2010

O mal da vida é não andar de moto


Hoje estou me sentindo um pouco mal... Certamente algo que comi (ou bebi) demais ou de menos.

A primeira coisa que pensei, com uma dor de cabeça desgraçada, que me acompanhou durante toda a noite, foi: e se eu hoje estivesse com minha família, em hotel meio fuleiro, lá pelo meio da América Central, e não tivesse outra escolha a não ser ir deste para hotel um pouco melhor, alguns quilômetros adiante? Levantaria e seguiria assim, meio mal como estou, para seguir sobre a moto? Ou ficaria ali até melhorar?


É este o meu projeto para o futuro. Pegar a esposa, o filhote e rodar o mundo em duas rodas. Ele comigo? Minha esposa em outra moto? Eu com minha esposa em uma moto? Ele em outra? Cada um em sua própria moto? O que importa? O importante é irmos todos de moto!


De imediato, ao pensar sobre isto, tive uma leve melhora. Certamente eu subiria na moto, um pouco mais contente, e iria atrás do tal de hotel, da nova cidade, como em busca de nova vida.


Há dias em que o trabalho deveria ser facultativo. Há dias que, mesmo sem atestado médico, o ser humano deveria ter a alternativa de ir ou não laborar as 8 horas diárias. Pois não é raro que uma simples andada de moto melhore bastante o seu dia.


A cabeça e os olhos ainda pesam, o estômago ainda está meio revirado... Minha casa fica há 5 minutos a pé do meu trabalho. Mas quer saber? De tarde dou uma volta maior, só para fazer de conta que moro mais longe, e venho trabalhar de moto! Se isso não me fizer melhorar, então mais nada irá.


O mal da vida, é não andar de moto.


quarta-feira, 24 de março de 2010

AeK MotoAdventures

Motos?
Sim, obrigado!
Duas ou três porções para mim, por favor...
Comecei devagar - ou não - numa Shadow VT 600, andando pelas loucas ruas do Rio de Janeiro, por vezes me perdendo pelas favelas, quando o povo me olhava com cara de "Coitado, está perdido", e não raro os "mano" apontavam o caminho de volta ao asfalto. Estivesse com outra moto seria diferente? Talvez sim, talvez não. Hoje, casado e com filho, não pretendo renovar a experiência.
Eram dias de coragem, dias de andar de shadow... Boa moto. Péssima moto!

Motos? Sim, obrigado! Veja três porções para mim, por favor! E quando me dei por conta...


Lá estavam elas. As três enfileiradas, em formação na minha garagem, onde apenas seis rodas permaneciam em contato com o solo.
Carro?
Não, obrigado!
Vamos de moto para onde for.
Até o fim do mundo, se necessário.
E sempre é.
Ao menos para um motociclista, que por si só, já não é ser inserido na média da população. Ele é de início diferente, não só por ser, mas por querer ser. Ele é aquele que dá risada por estar pilotando na chuva, enquanto outro passa emburrado em um carro fechado, no conforto do ar-condicionado.
Ou no conforto da música ambiente, encerrado em sua gaiola de metal, enquanto o motociclista, como pássaro, vai montado nas asas do vento.
Mesmo antes de emparelhar com aquele motorista, o motociclista já sabe até mesmo se aquele está a fumar. Sente os cheiros no ar... Se houver chuva à frente, também pelo olfato o motociclista prevê o que lhe espera pelo caminho. Pode-se dizer que ele "vive" o caminho, vive a viagem. Ele ali está a cada momento, a cada quilômetro e não simplesmente vai. Quem vai é o motorista, com hora para chegar. Já o motoqueiro... Ah, esse louco incurável!


Talvez seja eu que viajei pouco na vida e esqueci de ver aqueles que, afastando-se, batem fotos do próprio carro, pairando em meio à paisagem.
Talvez eu não saiba da metade dos prazeres, da segurança e do conforto de viajar em um bom carro.
Mas, raios! Esse sentimento de insegurança e desconforto dentro de um carro não passa nunca!
Case-se com uma mulher belíssima que aceite suas loucuras e, quem sabe, formes siglas, empresas, sonhos:


A&K MotoAdventures
Onde moto não é mero transporte...