quinta-feira, 22 de abril de 2010

Vergonha no mundo motociclístico

Não gosto de política. Não gosto muito de discussões. Mas tem certas coisas que não dá para passar em branco, sobretudo se disser respeito a motos. Algumas coisas envergonham tanto, que algumas empresas deveriam repensar seus conceitos.
O que estou falando é que tenho visto pululando por aí, notícias de uma certa empresa, que representa certa marca de motocicleta considerada ícone ou "mito", dando conta de que os mesmos vendem motos que antes alienam fiduciariamente a bancos diversos (estranhamente normalmente bancos pequenos e desconhecidos) e, entregue a moto (o que geralmente também demora), não baixam o gravame. Consequência: o comprador não consegue emplacar a moto.
Imagine você a situação... Você vai lá, compra uma moto a vista, pagando tudo e mais um pouco e quando vai emplacar a moto para poder rodar aparece no DETRAN que a moto não é de sua propriedade, e sim de um banco terceiro do qual você nunca ouviu sequer falar!
Pior que eu descobri posteriormente, por documentos e outras comprovações que não vem ao caso, que é tudo verdade.
O que é isso? Picaretagem? Mutreta? Falta de vergonha na cara? Ou simplesmente crime de estelionato mesmo, o velho "171"?
Com isso tudo, só me resta concordar com aquele outro, que dizia que a Constituição Brasileira deveria ter somente um artigo no lugar das centenas que tem. Este seria:
"Artigo único: Todo brasileiro é obrigado a ter vergonha na cara."

terça-feira, 6 de abril de 2010

O que é uma "Big Trail" afinal?












Interessante observar uns defendendo que a F800GS seria uma verdadeira big-trail, enquanto outros defendem que não. Big-trails, ou maxi-trails, para estes, seriam motos realmente grandes, capazes de encarar uma trilha.
Eis que a dúvida persiste! Que moto poderia ser considerada grande afinal?
Já li classificação de um perito judicial colocando como tal toda moto com mais de 500 cilindradas, capaz de percorrer tanto estradas de terra como estradas asfaltadas.
Uma classificação muito simplória para mim onde poderíamos colocar uma XT 660 e uma F800GS, no mesmo saco de uma R1200GS ou Varadeo.
Verdadeiro pecado, de meu ponto de vista.
Definitivamente não dá para comparar uma XT 660 com uma R1200GS! Sem chance!
Uma F800GS com uma R1200GS?
Talvez... Meio caminho andado, eu diria. Quase lá...







Agora, querer comparar uma Varadeo com uma Big-Trail... Bem! Parto do conceito que moto para trilha e carenagem é algo totalmente incompatível. Daí que minhas preferências recaem naturalmente em cima das BMWs, que parecem muito mais voltadas para encarar uma boa estradinha de terra ou um rípio argentino, quiçá Chileno, pois nunca vi povo para gostar tanto de fazer estradas com tais pedrinhas! Vai no mesmo barco que brasileiros para gostarem de estradas de chão batido.


A A&K MotoAdventures, por sua vez, caminha firme tanto na direção das R1200GSs quanto das F800GSs, quem sabe pegando uma F650GS pelo meio do caminho. Porque não? Mas não consigo ver a A&K, em futuro que se aproxima rápido, ligada à outra marca que não BMW.

Porque raios essa adoração por beemers?

Vai saber... Vai ver pela cor de nosso blog, ou vai ver porque as motos são bonitas (ainda que hajam os que digam serem as mesmas zarolhas e horrorosas), ou ainda pela exclusividade dos tão discutíveis motores boxers das BMWs 1200, ou pelo pretenso “status”grudado como cola à marca.
Quem sabe isso tudo não passe de um problema de infância, uma neura mal resolvida ou simples sonho, onde um círculo cortado em quatro, como pequeno bolo de aniversário, restava colorido de azul e branco sobre a mesa, aguardando a primeira mordida. Quase lembrando um “ing-yang”, o equilíbrio entre as forças positivas e negativas. Ou entre o que pode ser chamado de big-trail e o que é simples moto e mais nada.
É preciso estar em equilíbrio, lembrando sempre que tudo se encontra em constante transformação, onde todas as contrariedades se complementam, não havendo nada absolutamente igual, apresentando porém uma proporcionalidade entre as fatias azuis e brancas, num começo e fim onde o universo resta resumido na unidade infinita.

Muita filosofia chinesa para meu gosto. Muito lero-lero, ou conversa para boi





dormir, como poderia se dizer no popular. Mas, traduzindo para o alemão, onde as palavras e a língua em si é bastante prática, porque será que não dá pra lembrar de outra coisa que não isto:


Para mim, a BMW é uma moto que se completa e se equilibra, estando em constante transformação, sempre em busca de novas tecnologias, muitas vezes contrariando o que o mercado diz ser a moda. Não é igual a nenhuma outra moto de outra marca, as quais volta e meia pretendem copiá-la, mas nada é igual a uma BMW, onde talvez seu universo se resuma, na incessante busca da estrada infinita.