segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

Mendoza, Bariloche, Buenos Aires - Um passeio bem legal!

Muita gente me pergunta sobre roteiros e dicas, querendo informações sobre bons trajetos para os lados do Mercosul. E quando se fala em Mercosul, não dá para deixar de fora Bariloche e Mendoza, entre outros destinos, logicamente!



De todas as dicas que sempre dou para viajantes de moto, além da revisão da moto, sair com pneus novos, etc., etc. e etc., é traçar um roteiro antes de iniciar a viagem. Tem muito motociclista "malvadão" que é contra isso, que prefere ir "para onde o vento levar", no melhor estilo "easy rider". Certo? Errado? Não discuto... Até porque quem for nesse estilo nem lerá este post, considerando tudo uma grande bobagem, já que o verdadeiro espírito para estes está em subir na moto e rodar... Pena não estarmos neste patamar e termos responsabilidades, inclusive de horários, períodos, dias de férias/folga.

Um roteiro relativamente rápido (apressadinhos fazem em 7 dias, mas recomendo 14 dias) e com bastante coisa para se ver é o de Porto Alegre/Santa Fé/Mendonza/Bariloche/Santa Rosa/Buenos Aires/Colônia del Sacramento/Porto Alegre. 

Seguem algumas dicas sobre o trajeto em si...

O trecho de Porto Alegre a Uruguaiana é relativamente rápido, com pista simples. São pouco mais de 600km até lá, mas há pouco trânsito a partir de São Gabriel. Dormir em Uruguaiana antes de atravessar a fronteira é uma boa dica! 

Aproveite para comer um feijão com arroz, pois é a última vez que você terá esta oportunidade nos próximos dias... Na Argentina não se acha esse prato ímpar, e pode ter certeza que você vai sentir saudades! Ao acordar tenha um bom café da manhã, aproveitando sobretudo as frutas e pães, algo que também fará bastante falta nos próximos dias. Por melhor que seja o hotel que venha a ficar, nada se comparará ao desjejum de qualquer hotelzinho do Brasil. Sim! Nesse ponto ainda somos bons. Na Argentina ou Uruguai não conte com nada muito diferente de croissants ("media luna") e com muita boa vontade do hotel uma "espremida de naranja" (suco de laranja). 

Ao cruzar a fronteira, um grande problema... Você entrou na Argentina e estará na província/departamento de "Entre Rios", lugar com a polícia mais corrupta que já vi em toda a América do Sul. É difícil passar por lá sem a mesma inventar alguma "infração" que você teoricamente tenha cometido, exigindo pagamento no ato e em dinheiro (algo no mínimo esquisito) da multa para liberar. A primeira coisa que farão é dar de mão na sua carteira de motorista, e não vão lhe devolver até você pagar a dita multa, que, estranhamente, SEMPRE pode ser negociada. Estranho, não? E nem adianta argumentar! 9 entre 10 motociclistas que conheço foram parados e "multados" na região de entre Rios. 

O pior de tudo é que praticamente NÃO HÁ outro trajeto a fazer, SALVO pegar o "buque bus" via Colônia del Sacramento, que é o trajeto a se fazer na volta. Eu como não gosto de ir e voltar pelo mesmo caminho, recomendo você "abrir a mão" e desestressar, aproveitando a viagem... Uma dica que pode funcionar com a polícia de Entre Rios é você já chegar chegando, com um sorriso no rosto como se os conhecesse, levar umas camisetas de brinde, bonés e coisas do tipo. Pode colar. Ou não...

Passado o perrengue em Entre Rios, vá dormir em Santa Fé ou Rosário e de lá cedinho no dia seguinte pode tocar até Mendoza se tiver disposição. Vai ser uma perna comprida, mas valerá a pena, pois em Mendoza terás bons hotéis e bastante cordialidade por parte do povo. 

Em Mendoza vale perder um par de dias. No seguinte, programe uma ida às vinícolas. Você tanto pode ir sozinho em sua moto quanto - a opção mais recomendável - contratar alguma agência de viagens locais para um Tour. É melhor, pois há almoço e degustação de vinhos. E não é pouco vinho, o que não recomenda a pilotagem posterior. 

Aproveite a tardinha e noite do retorno para ir até a rua "Paseo Sarmiento", onde se come um ótimo "lomo de chorizo" (bife de filé mignon) em um dos inúmeros restaurantes dali. Se tiver tempo, não deixe de conhecer o "Cerro de La Gloria" e o "Parque General San Martin".

Se não tiver muita pressa, ou melhor, mais dias para o roteiro, sua próxima parada é Malargue. Cidadezinha prá lá de acolhedora, ao lado de Las Leñas, onde mesmo em época que não há neve vale a visita rápida, pela interessante estradinha que lhe leva até lá. Quem gosta e está com moto apta ao off road pode se surpreender com as estradinhas vicinais do entorno. Claro, nada recomendável ir sozinho, pois há muitas pedras e a região é bastante deserta. Um tombo ali pode não ser nada bom!Procure pelo "El Quincho de Maria" à noite, com boas comidinhas de boteco.

No dia seguinte rume para Bariloche. Ali, muita coisa para ver na região. Faça o "Circuito Chico" de moto mesmo, subindo em um ou dos cerros, como o "Campanário" de onde se tem uma excelente vista de toda região. Neste circuito, pare nos mirantes para boas fotos. À noite, imperdível o "Cordero Fueguino". Mas atenção, pois existem muitos restaurantes que cobram caro e não são lá essas coisas! Entre e observe as mesas, as porções servidas, o menu, etc., antes de se decidir por onde ficar. Bariloche é em geral uma cidade bem cara, pelo que o ideal é você pesquisar um pouco antes de ir "se atirando" em qualquer coisa que lhe encha os olhos, pois nem todos restaurantes bonitos são bons. Alguns são só bonitos. 

Bariloche também vale uns dois dias, e uma visita a San Martin de Los Andes também é uma excelente pedida. Aqui, de novo, quem tem alguma aptidão com o off road, recomendadíssimo ir via Ruta 40, passando por dentro do Parque Nahuel Huapi. Estrada de terra em quase todo trajeto. Nada que não dê para se fazer até com uma pesada custom, mas vai sofrer bem mais, não tenha dúvidas! 


Em San Martin de Los Andes, procure por uma sorveteria na beira do Rio. Tem um sorvete de babar, assim como excelente café ou mesmo uma das inúmeras tortas para quem tem mais fome. 

De Bariloche, já de retorno, a dica é seguir até Choele Choel, cidadezinha sem graça mas para o pernoite o suficiente. Você pode ficar atraído em seguir até Bahia Blanca e ali pernoitar. Como é uma cidade portuária e de mais movimento, não recomendo. Preços maiores e a segurança ali não é lá essas coisas. Se parar a sua moto na rua, ao contrário de Choele Choel (muito mais pacífica), nada está a garantir que ali ela estará no dia seguinte. 

E de Choele Choel acorde cedo (nem vale ficar para a "media luna" e o café, coisa que você pode comer no primeiro posto ao abastecer a moto) e siga até Buenos Aires, onde vale também perder um par de dias. 

Na cidade de Buenos Aires quase obrigatório ir até o bairro "Caminito" e ali experimentar algum "estofado de polo" (tipo de canja de galinha), bem acessível e muito bom. À noite vá ao Puerto Madero para mais um último "lomo de chorizo". "Siga La Vaca" é restaurante que costumava ser um bom lugar para esta pedida. Como o tempo passa rápido, podem ter surgido outras opções melhores, já que o "Siga" estava se tornando bastante dispendioso e as porções diminuindo cada vez mais. Ande no Puerto Madero e procure boas opções. A região é relativamente segura mesmo à noite. Um olho aberto, claro, nunca faz mal. 

Dali no dia seguinte bem cedo pegue o Buque Bus para atravessar até Colônia del Sacramento, cidadezinha muito agradável. Se tiver tempo, um pernoite não faz mal. Se não tiver, um café em um dos inúmeros existentes e toque até Montevideo ou com mais disposição até Punta del Este. 

E dali quase na A&K Motorcycle Rentals novamente. Pode aproveitar os Free Shops no Chuí para comprar perfumes ou bebidas, sendo o que está valendo mais a pena ultimamente. Pesquise. E tente à noite uma boa pizza Uruguaia! 

Para quem tem mais tempo a dica é vir pela região de "Treinta y Tres", com estradas muito bonitas, passando por cânions, pradarias e várias fazendas. Por aqui também o trânsito é bem mais tranquilo, mas não vale a pena voltar rápido. Dê uma de uruguaio e separe um tempinho para um pique-nique embaixo de algumas árvores à beira da estrada, uma tradição deles. Venha devagar até Aceguá e dali via Bagé até chegar de retorno. 

De tudo, a melhor dica sempre é: 

Nunca deixe de viajar o quanto antes, sobretudo de moto! Lembrando que "amanhã" pode ser muito tarde...



E você? Já programou sua viagem? 

Até breve!



Crédito das fotos: 
Google maps
Arquivo A&K Motorcycle Rentals


Tour de moto pelo Mercosul e exterior, como Route 66, Portugal e diversos outros destinos. 
Consulte-nos também para aluguel de motos pelo e-mail aek@aekmotos.com
 



quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016

Tour de moto sozinho ou com agência de viagens? Dissecando os custos

Por ter empresa de locação de moto há quase três anos e conjuntamente realizar Tours pelo Mercosul e Estados Unidos, seja com minhas seja com motos locadas de terceiros, entendi os pormenores dos custos envolvidos em um Tour de moto, respondendo, finalmente a grande pergunta que eu sempre tivera:

Afinal, qual a grande verdade? É mais barato viajar com quem prepara Tours ou sozinho? O que vale mais a pena? Porque? Quanto afinal, se gasta para viajar sozinho e com empresa como a A&K Motorcycle Rentals


Como motociclista antes de mais nada, não gosto de enrolação ou de coisas escondidas. Gosto de tudo às claras, e igualmente deixar tudo desta forma para meus clientes...

Assim, vou esclarecer a questão de custos, dissecando-os um por um, a fim de que você tire suas próprias conclusões de se é mais interessante viajar sozinho ou com uma empresa como a nossa.
Claro, de plano fique patente que não vou entrar no mérito de discussões acaloradas sobre as vantagens e desvantagens (fora as financeiras!) de se viajar sozinho (pois existem motoaventureiros que não abrem mão de NÃO ter companhia), de questões de segurança, riscos envolvidos na viagem solo, etc., pois isto vai de cada motociclista e de cada empresa, já que cada uma trabalha de uma forma e consegue manter - ou não - determinada sinergia com o grupo e cada viajante tem uma maneira de encarar as coisas. O que costumo recomendar é que, se você vai viajar de moto em grupo, contrate uma empresa onde os donos são motociclistas. Assim como se vai viajar de navio com a turma, o melhor seria contratar uma empresa de navegadores. E assim por diante.

Acredite quando lhe digo que o pior dos mundos é fazer uma viagem de moto com empresa tocada por alguém que não anda de moto, pois por mais que se esforce esta não saberá exatamente o que você deseja ver e por onde preferirá rodar. 

De igual forma, acho sempre recomendável que a equipe que organiza os Tours vá junto, e não "terceirize" o serviço. Se age desta forma, nada mais estará fazendo do que vendendo um pacote e ponto final, coisa que qualquer um faz e que alguns amigos agentes chamam de "vender baciada" (onde você pega qualquer porcaria e vende à preço vil, já que nada vale mesmo). 

Dito isto, vamos aos custos envolvidos!


DOS CUSTOS BÁSICOS ENVOLVIDOS: 

Basicamente existem custos que você escapa e outros que não escapa, custos com os quais consegue jogar e outros que não consegue, mantendo-se um mínimo de padrão...  

Vamos pegar por exemplo um roteiro que adoramos, qual seja o Tour Route 66, onde temos em torno de 10 dias de viagem.

É o mesmo tempo que você precisa para fazer uma viagem como a nossa, com um roteiro circular, saindo e chegando em Las Vegas e passando pela melhor parte da mítica 66, o "velho oeste", nos principais parques nacionais, museus da Route 66, excelentes hotéis e restaurantes, estradas desconhecidas de muitos viajantes, atrações como Bagdá Café, Roy's e diversas outras, a parte antiga da "Mother Road", cidades fantasmas do trajeto, etc.

Tudo isto sem maiores correrias, pois é óbvio que se pode fazer tal roteiro em muito menos tempo, mas para isso você vai deixar de fora muitas atrações, ou ter de ver tudo correndo, o que lhe garanto que é péssimo! 

Aqui você deve considerar basicamente os seguintes custos "imutáveis":
- locação de motocicleta = 7 a 8 diárias
- diárias de hotel = 10 diárias
- combustível = aproximadamente 200 litros
- entradas em parques e museus = de 3 a 5 entradas
- locação de carro = 2 a 3 diárias
- alimentação = aproximadamente 30 refeições
- traslados de táxi = de 4 a 6
- passagens aéreas = 2 (ida e volta)

Motores ligados, vamos em frente!


QUANTO CUSTA IR SOZINHO - ITEM A ITEM

Vamos partir do pressuposto que você irá querer o mínimo de qualidade e segurança em sua viagem, ou seja, não vai rodar 2500km pelos Estados Unidos em uma moto caindo aos pedaços e ainda sem seguro ou só de mochila nas costas, vai ir no parque nacional do Grand Canyon e outros parques, como o Zion, vai ir do aeroporto ao hotel em um meio de transporte que não seja caminhando duas ou três horas à pé (lembrando que lá qualquer distância é enorme, não é como aqui no Brasil, com aeroporto enfiado dentro da cidade!), vai se hospedar em algo melhor do que hotel ruim devendo estrelas com público "duvidoso", enfim, vai requerer o mínimo de conforto que uma viagem internacional merece

Aqui, você terá basicamente os seguintes custos: 

- Locação de moto, com seguro e GPS, 8 diárias = total de USD 1,550
- 10 diárias de hotel, com taxas, média de 3 estrelas = USD 1,300
- combustível, considerando 3 diárias com carro = USD 250
- entradas em parques e museus = USD 200
- pedágios = USD 100
- locação de carro médio, 3 diárias, com GPS = USD 350
- alimentação, com bebida e gorjetas = USD 1,500
- traslados de táxi, com gorjetas = USD 150
- passagens aéreas = USD 1,000

+ 6,38% de IOF

Total = USD 6,808.32

É claro que isto é uma conta "enxuta", pois sempre existirão outras despesas a mais ou a menos, como por exemplo em passagens aéreas onde você pode ter milhas para usar, pegar rotas com mais de uma parada em empresas "baratas", valer-se de promoções, etc. De outros custos, porém, você não escapa de pagar até mais, como locação de moto, diárias, entradas, combustível, pedágio, traslados de táxi, gorjetas, etc., pois os que apontamos são os preços gerais MÍNIMOS para serviços minimamente razoáveis. Sugerimos que nossos leitores pesquisem na internet sobretudo quanto a locações de motos e preços de passagens para tirarem suas próprias conclusões, verificando a correção do aqui apontado.

Já os custos de uma empresa como a nossa DEVERIAM ser os mesmos seus, menos passagens aéreas e alimentação, certo? Assim, seu custo conosco ou outra empresa, para viajar em grupo, fora passagem, deveria ser de USD 4,148.82 correto? 

Errado. 

Nossos pacotes custam MENOS que isso, com mais vantagens agregadas. Qual a mágica? E principalmente, o que você ganha com isso? 


CONSEGUINDO VANTAGENS PARA VOCÊ

Aqui a discussão não deve mais se manter apenas na questão "custos", pois existem serviços, segurança e facilidades agregadas que você nunca vai ter viajando sozinho. Lhe garanto que é impagável saber que em uma possível queda você vai ter logo atrás um carro de apoio para lhe socorrer, bem como não tem preço simplesmente poder se despreocupar onde vai carregar a mala. Além disso um carro de apoio pode ser todo o necessário para acabar com o receio da garupa que não está pronta para rodar quase 3000km em cima de uma moto desconhecida. 

A despreocupação na hora que você chega no aeroporto sabendo que terá alguém de prontidão para lhe levar a seu hotel ou no momento que terá de partir dos Estados Unidos, também não tem preço e deve ser pesado quando você põe as contas na ponta do lápis.

Uma boa empresa especializada no tipo de turismo que você quer fazer - de MOTO, claro! - vai sempre escolher os melhores hotéis e pagar todas diárias e taxas; providenciar carro de apoio; Tour Leader; combustível durante todo o trajeto; pagamento de pedágios; de entradas em parques e museus; jaqueta de motociclismo; road book; pagar as diárias das motocicletas, seus seguros e suas taxas e inúmeras outras coisas que muitas vezes o viajante esquece que são vantajosas. 

Já conheci motociclistas que se recusavam a viajar com empresas sustentando a alegação infundada de que apenas não gostavam de "excursões", que preferiam ser "livres para decidir horários", e diversas outras desculpas. Conclusão: invariavelmente acabava em briga entre o grupo!

Quando não se tem um roteiro, SEMPRE vai ter um que não quer ir em determinado lugar; que não concorda com determinado hotel (quer mais caro, mais barato ou simplesmente diferente); que não está pronto no horário combinado e se irrita com os demais que deveriam esperá-lo; que acha (por puro achismo mesmo, pois não conhece) que determinado trajeto é melhor; que quer correr mais na estrada ou andar mais devagar, colocando toda segurança do "bonde" em risco; que quer ir "na louca" sem reservar nada (e acaba quebrando a cara, pois nos EUA não é todo lugar que tem vaga); etc. 

Um bom "staff" e bom Tour Leader vai ajustar tudo isso, fazendo o grupo rodar com segurança pelas estradas que você desconhece, escolhendo os melhores trajetos, ficando atento para horários, clima, trânsito, traçado do roteiro, reservas e diversas outras variáveis para que você e seu grupo possam apenas aproveitar o passeio. Afinal, são férias, e não momento para arrumar incomodação para a cabeça! 

Pesando tudo isso você acaba percebendo que é um ótimo negócio fechar um pacote com uma boa empresa de mototurismo! Mais ainda, conosco!

Abaixo os valores de nossos pacotes para a Route 66, a fim de que você possa comparar e fazer o cálculo da sua economia:

Roteiro de 9 dias - Velho Oeste - Las Vegas e Route 66:
http://www.aekmotos.com/roteiro/tour-route-66-2016

Roteiro de 14 dias - Route 66 Completa - Chicago a Los Angeles:
http://www.aekmotos.com/roteiro/tour-route-66-2016-completo






























E você? Já decidiu sua ida para a mítica Route 66?

Vamos juntos!

Até breve!


Crédito das fotos: 
A&K Motorcycle Rentals


A&K Motorcycle Rentals
Aluguel de motos no Brasil e no Mundo
Tours pelo Mercosul, Estados Unidos, Portugal, África e outros diversos destinos
Consulte nossos pacotes para grupos:  aek@aekmotos.com

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016

Capacetes - tudo o que você sempre quis saber

Quando se fala em capacetes de moto, muitas dúvidas vêm a cabeça, num trocadilho direto. Afinal, o que estamos colocando em nossa cabeça, para proteger nosso bem maior: nosso cérebro? O preço importa? Quanto devo pagar? E o selo do INMETRO? Qual melhor capacete: de ABS, de fibra de vidro, de fibra carbono ou outro material? 


Começando pela síntese da síntese, não use "coquinhos" jamais. Eles só ficam bem em artistas de cinema e seriados do tipo "Sons of Anarchy", bem como em futuros novos defuntos.

Vamos de saída combinar o seguinte: "coquinhos" não são capacetes, ok? Não protegem sua cabeça
de NADA vezes NADA e ponto final. Podem, pelo contrário, lhe causar até maiores traumatismos do que se estivesse sem capacete. Assim, a prática de muitas locadoras de moto em outros países que "emprestam" este "equipamento" soa como emprestar um "boné" para proteger sua cabeça do sol. E só. Se a dita locadora não tem capacetes homologados, então ela não tem. Leve o seu. Ou escolha outra locadora de motos. Pois de igual forma, quem aceita usar tal equipamento está assinando atestado de idiota, já que sentido algum - fora proteção solar, como falamos - tem o uso deste tipo de "capacete". Já tive? Já usei? Sim. Já. Mas foi-se o tempo que me achava invencível sobre uma moto. Cresci e tornei-me não só mais responsável, como menos ignorante. 


PREÇO

Caminhando para a questão do preço, podemos dizer que vemos de tudo em termos de qualidade - e valores - dos capacetes. Temos desde capacetes valendo meros R$ 39,90 (ou menos!), o que não significa que valham tudo isso até R$ 3.990,00 (ou mais!), o que não significa que valham "só" isso.  Deixa sempre a pergunta no ar: vale a pena pagar tão caro para um capacete?

E aí sempre entro com outra pergunta: quanto vale a sua cabeça? Se forem só R$ 39,90, compre um capacete deste valor... Claro que temos capacetes neste valor - acredite! - homologado pelo Inmetro. Como é uma grande questão que até hoje não me convence, pois já vi muita porcaria homologada. E quando digo porcaria, é do tipo que você vê a emenda do plástico que forma as duas metades de tais capacetes xumbregas, que não tem o mínimo de acabamento, com uma viseira pronta para voar pelos ares ou quebrar no meio e furar seu olho, ou ainda desmanchar completamente o capacete em uma queda, não salvando sua cabeça do impacto, dentre outros terríveis acidentes que se vê ocorrendo com motociclistas mesmo com uso de capacetes baratos que não deveriam nem estar no mercado!

Veja bem! Não estou afirmando que todo capacete barato é ruim, nem que todo capacete caro é sempre bom. Mas existe um mínimo de qualidade que você deve procurar, e capacetes a troco de banana tem de obrigatoriamente serem fabricados com material de segunda, ou não se consegue ter lucro na fabricação e venda. Simples assim! 

Claro, o outro extremo, de capacetes caros, não quer dizer que um de altíssimo valor seja obrigatoriamente bom. Pode ser, mas pode se tornar "ruim" pelo simples fato de, por ter pago muito pelo capacete, você achar que deva usá-lo para todo sempre, esquecendo-se que todo capacete tem prazo de validade de uso. 

Assim, o melhor sempre é adquirir um capacete de valor intermediário, até mesmo porque depois de certo tempo de uso todo capacete só tem um destino: a lata de lixo.  


VALIDADE

Todo capacete tem "validade", sendo que esta varia sobretudo de acordo com o uso. 

De pronto pode-se afirmar que, se você caiu com um capacete, ele já cumpriu sua função. Não presta mais e deve ir para o lixo. 

Aquele capacete que você tem desde mil novecentos e bolinha pode servir no máximo para ficar na estante em seu "Museu do Capacete", relembrando seu primeiro protetor de cabeça, junto com aquela foto da lambretta Katia de "setenta-e-picos-brincava-de-playmobil".

Outros, que você comprou a "apenas" dois anos atrás e que usou dia-sim, dia-não, e que ainda aparenta estar novinho e sem nenhum arranhão, também devem ir para o mesmo lugar, ou então para a lata do lixo se você não tem intenção e tampouco lugar para guardar todos eles. 

Radicalismo? Nada. Longe disso. Apenas fazendo sua cabeça ficar inteira. 

Praticamente TODOS capacetes (e não conheço nenhum que seja diferente), são fabricados com a camada externa ou casco (que pode ser ABS = plástico, fibra de vidro, fibra carbono ou compostos), uma camada interna (de poliestireno expandido, ou, leia-se, isopor) e mais uma de tecido ou forro. 

O fato da parte externa (casco) e interna (forro) estarem "impecáveis", acredite, não quer dizer absolutamente NADA! O que acontece é que uma das partes que amortece realmente o impacto - o isopor - tem sim data de validade. Pegue uma caixa de isopor antiga e tente quebrar. Agora pegue uma caixa de isopor nova... Notou a diferença? É como se partir pão velho e pão novo: um é completamente seco e quebradiço. Outro é macio e um pouco "borrachudo", não se esfarelando. Elementos como suor ou água (líquidos), calor (sol), frio intenso (inverno, noite) e outros, como o próprio AR farão justo isso com o isopor: o tornarão seco e quebradiço.

Assim, no uso intenso (diário), a troca deve se dar obrigatoriamente a cada ano, nas menos frequentes no máximo a cada dois anos e nas eventuais - viagens ou finais de semana - em no máximo três anos. 


COR

Por incrível que pareça, afirmamos que a cor do capacete pode ser a diferença entre uma condução segura e uma perigosa... Como assim, você vai dizer? O que a cor tem a ver com segurança em um capacete? 

Em verdade a cor do capacete tem muito a ver com sua segurança por mais de um fator.


Coloque em primeiro lugar a questão conforto... Naturalmente, cores que retém mais o calor, ou seja, não refletem a luz solar = predominantemente PRETOS, tendem a lhe deixar com mais calor, o que pode prejudicar a condução pois lhe fará suar mais e tornar a pilotagem perigosa, podendo inclusive lhe causar mal estar, lhe levando a um acidente. Além disso, quanto mais escuro for o capacete, menor é a sua visibilidade no trânsito pelos outros motoristas. E sabe-se que item fundamental de segurança no trânsito é você ver e principalmente SER VISTO! 

Na A&K Motorcycle Rentals jamais oferecemos aos nossos clientes para uso durante as locações capacetes pretos! Todos são BRANCOS, outra cor que é facilmente visualizada no trânsito e que se destaca muito, além da verde limão, que pode ser cor discutível para alguns, mas um motorista jamais poderá dizer que não lhe viu se você estiver usando um capacete chamativo como este.

 
ABERTO, ESCAMOTEÁVEL ou FECHADO

Existe também grande discussão acerca do tipo de capacete a utilizar e da proteção que cada um oferece. 

Neste sentido, jamais recomendo capacetes abertos, pois expõem totalmente o rosto do piloto em uma possível queda frontal. E não... Não é só o fato de que quebrar todos os dentes o nariz, maxilar e mais alguma coisa em seu lindo rostinho vai lhe deixar mais feio, mas sim o fato de que o sangramento em profusão do local provavelmente lhe fará aspirar sangue, e com isso ter uma terrível morte por afogamento. Fuja, dessa forma, de capacetes abertos. 

Já quanto capacetes escamoteáveis, são de segurança relativa. Embora infinitamente melhores que capacetes abertos, podem ter riscos dos mesmos. A um porque por vezes, com sol e calor à pino, você pode ser tentado a rodar com ele rebatido, deixando sua cara novamente exposta em uma queda. A dois porque, por mais reforçado que seja o sistema de "dobradiça" do capacete escamoteável ele nunca se aproximará da segurança de um fechado. Em uma queda e pancada mais forte a parte "escamoteável" pode ser lançada fora e/ou simplesmente vir de encontro a seu rosto. Portanto, no caso de optar por escamoteáveis procure sempre de boa/ótima qualidade. 

Capacetes fechados, nesse sentido, são os mais recomendáveis. Além de normalmente serem mais baratos que os escamoteáveis, são mais seguros do que estes e infinitamente mais seguros que abertos. Isto porque além de protegerem com eficiência sua cabeça, protegerão também todo seu rosto. Mas claro, sempre bom utilizar de boas marcas!


SELO DO INMETRO  
 
Muito já se discutiu sobre obrigatoriedade ou não do selo do Inmetro em um capacete, a maioria alegando que capacetes importados melhores ou da mesma marca que nacionais (ex.: Shoei, Arai, AGV, etc.) tem selo DOT ou de outra certificadora, com testes e requisitos muito mais exigentes que do próprio Inmetro para serem aprovados.

Em primeiro lugar, o que você deve ter na cabeça - além do capacete - é que se a autoridade de trânsito resolver lhe parar e exigir selo do Inmetro no capacete, ela pode. E ponto final. Não tem discussão. Não perca seu tempo. A lei fala que seu capacete tem de ter o selo do Inmetro. Tem de ser certificado no país. E era isso. Qualquer coisa além disso é discussão. E discutir com autoridades não é a melhor coisa que você tem a fazer... Com o tempo você aprende isso!

Claro que é muito difícil um bom policial querer exigir tal selo em um capacete em boas condições e importado, como um Shoei, principalmente se você não está cometendo outras infrações, quando então a falta do selo pode ser apenas mais uma desculpa para lhe pegar ou até para apreender sua moto. 

Outrossim, com todas as taxas e impostos, não passando nada pelo fisco, não vale mais a pena importar capacetes, ao menos que você o traga embaixo do braço em uma viagem. Daí que, pelo sim, pelo não, o melhor sempre é contar com o capacete com o maldito selo do Inmetro. Mas, óbvio, não é porque tem o selo que você vai sair comprando qualquer porcaria! Cuide e dê o devido valor para a sua cabeça, por favor! 


TAMANHO, MEDIDAS, USO CORRETO

No que tange o tamanho do capacete, o melhor sempre é prová-lo. Se não puder, procure comprar do seu tamanho! Se não sabe seu tamanho, meça a circunferência de sua cabeça com uma fita métrica, procurando o número INFERIOR mais próximo. A exemplo, se sua cabeça mediu 59cm, procure por um 58. 

Quando falamos em medidas, queremos explicar que da mesma forma que você não deve comprar um capacete muito apertado, não deve comprar um frouxo. Se entrou e saiu muito facilmente da cabeça, esqueça! Busque um número menor. Veja também que distância fica a sua boca e sobretudo seu nariz da parte interna do capacete. Acredite! Viajar com um capacete pressionando o nariz é prá matar!!! Claro, geralmente isso começa a acontecer quando seu capacete vai ficando folgado, ou seja, quando está na hora de substituí-lo.

Não é porque o capacete lhe aperta um pouco as bochechas - no caso de você ser bochechudo - que você tem de comprar um número maior! O que você tem de ver é se ele está confortável em volta do crânio principalmente. Se está apertando sua testa ou sua nuca, de igual maneira não quer dizer que este não seja o seu número. Talvez seja o caso de apenas mudar o modelo e manter o número, pois, lembramos novamente, nem todos capacetes tem a mesma qualidade. Não espere que um capacete barato e ruim vá vestir bem...

Quanto ao uso, só falar o que devia ser óbvio para todo motociclista: capacete é para ser usado NA CABEÇA, não é para utilizar como cotoveleira e nem como boné ou chapéu! 

Não interessa se você está indo logo ali, pertinho, se já vai tirar o capacete, blá-blá-blá! Subiu na moto, seja para ir na esquina, seja para trazer da frente de casa para dentro da garagem, coloque o capacete! Não custa nada! Não vai estragar seu lindo penteado... 

E colocar o capacete não é só enfiá-lo na cabeça, como se fosse um chapéu. Você sempre tem de afivelá-lo corretamente, pois a falta do afivelamento fatalmente vai fazer seu capacete voar para bem longe antes de você atingir o chão em uma queda. Ou seja, não vai servir para absolutamente nada! Portanto, mais uma vez, se você vai andar de moto, dê valor para a sua cabeça! Capacete é um item que você deve saber usar - e deve comprar - ANTES de comprar a moto inclusive, para não ter a desculpa esfarrapada depois que não pode investir em um bom capacete, já que gastou tudo com a moto. 

Da mesma forma, pilote sempre com a viseira FECHADA ou, na pior das hipóteses com uma pequena fresta se estiver muito calor. Geralmente bons capacetes não exigem que você ande sequer com a viseira levemente aberta, pois tem bom arrefecimento. Jamais, porém, ande com a viseira aberta, pois - além de isso ser passível de pesada multa - um inseto que venha a bater no seu olho pode lhe cegar momentaneamente, lhe levando a grave acidente, ou até, dependendo do tamanho do mesmo ou da sua velocidade, lhe causar grandes traumas oculares e até mesmo cegueira. Isso sem falar em pedras, grãos e outros objetos que podem ser lançados por caminhões ou carros em movimento. Prá que arriscar? 


CONCLUSÕES

Concluindo, dê valor à sua cabeça; não use caco-velhos; pague um valor razoável por um capacete; fuja dos coquinhos e capacetes abertos; dê preferência para cores chamativas ou claras; tenha um capacete com o selinho do Inmetro; troque frequentemente seu capacete; não use drogas e fundamentalmente USE SEMPRE o capacete! 


Lembre-se que cabeça é só uma.

E você? Já trocou seu capacete?

Até breve!


Crédito das fotos: 
02, 04, 05, 07, 08 e 09 Google Images
01, 06 e 10 A&K Motorcycle Rentals

Na A&K Motorcycle Rentals nos preocupamos com nossos clientes, e todas as locações de moto acompanham empréstimo sem custos extras de capacete fechado ou escamoteável para o piloto, sendo que temos todos os tamanhos disponíveis.
Para maiores informações, aluguéis e Tours contate-nos pelo e-mail aek@aekmotos.com