sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Novidades para 2013 no blog A&K Motos!

Caros;

É com satisfação que informamos que neste ano, em comparação com o anterior, os acessos ao blog triplicou, saltando para mais de 4.000 visualizações mensais. Ao mesmo tempo, de 11 posts em 2011, em 2012 com este conseguimos publicar um total de 39 posts, que foram ativamente acompanhados por nossos leitores, os quais expressaram sua opinião acerca dos variados assuntos, deixando o blog muito mais atraente. Interessante notar que 10% destes acessos foram estrangeiros, oriundos de países como Estados Unidos, Canadá, Japão, Rússia e outros.

Assim, visando facilitar a vida também destes nossos leitores de outras paragens, passaremos a publicar todos os posts também em inglês a partir já de janeiro de 2013.
Logicamente, por não sermos exímios na língua que não nos é pátria e onde o conhecimento é parco, desde já registramos que não raro poderão ser notados por nossos leitores erros crassos principalmente gramaticais. Pedimos, por isso, antecipadas desculpas.
Se algum leitor com mais fluência na língua inglesa quiser nos auxiliar e sugerir  devidas correções, poderá nos enviar e-mail para adv_shadow@yahoo.com.br  
a qualquer momento, já que todo post pode ser editado sempre que necessário. 

E esta é apenas uma das novidades que temos planejadas para 2013, o qual, se depender de nossa vontade e sonhos, será um ano ainda mais espetacular do que este! Em breve pretendemos apresentar outras boas novas que temos certeza serão interessantes a todos motociclistas que acompanham o blog, visando sempre o crescimento e disseminação deste nosso hobby/esporte/estilo de vida/paixão. 

Agradecemos a todos que vem nos acompanhando, esperando atender as expectativas de nossos leitores ou, no mínimo, tornar a informação sobre nossas amadas motocas, viagens e tudo que envolva em especial o mototurismo/motoaventura acessível da forma mais descontraída possível, pois acreditamos que andar de moto, antes de esporte, lazer, turismo ou até trabalho, é um prazer.   

No mais, é desejar um 2013 a todos sobretudo com bastante saúde para proporcionar mais motocadas por esse mundo afora!

Feliz 2013 a todos!!! Que ele seja muito melhor do que 2012 e assism sucessivamente!!!

Abraços;

Adv

sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

O mundo acabou! Vamos andar de moto???

Certa feita um conhecido meu, de forma um tanto agressiva e indignada, meio que querendo me dar "lição de moral", me disse: "Você não pode viver só em torno das motos! A vida é muito mais do que motos!!!"

Eu juro que não entendi!!! Mas não entendi nada meeesmoooooo! E eu perguntei-lhe algo? Pedi "tratamento" para minha "doença"? Tem gente que é assim, muito metida a doutor quando da vida - ou das motos - não entende um ovo, até porque a única pessoa capaz de entender a sua vida é aquele cara que você vê no espelho todos os dias. É óbvio que a vida não é só motos! Tem a família, as motos, os amigos, as motos, a grana, as motos, nossa casa, as motos, o trabalho, as motos, enfim, o dia-a-dia e... as motos, claro!!!

Tá bom...

Mas o papo é o fim do mundo, ainda. Papo chato... Enfim, já que o mundo não acabou - e pelo jeito não vai ser o fim tão cedo - uma boa idéia seria rodar mais de moto, não acham? Porque ninguém nos garante que em outro plano de existência haverão esses maravilhosos veículos de duas rodas. Veja que o próprio calendário Maia, que na verdade nada mais faz do que anunciar o início de uma nova era (e sempre tem os que enxergam o copo meio vazio, pessimistas de plantão), é uma roda. E nessa roda, naquelas figurinhas esquisitas, eu juro que bem lá pelo meio eu vi um cara doidão, de língua de fora, com as mãos segurando o "seca suvaco" de uma Harley Davidson. Longe de mim discutir a escolha maística pelo tipo de moto - e aí alguma relação com o fim... - mas que tem moto ali, ah, isso tem. Vão dizer que vocês não viram isso também nesse negócio?

Ou será que sou eu que ando vendo em tudo motos?

Pelo sim, pelo não, decidi que em 2013 vou andar mais de moto. A vida não espera, é fato. A gente espera até ter uma moto melhor, até comprar uma BMW, até o filho crescer, até que sobre um pouco de grana, até que a obra fique pornta, até que o trabalho fique mais tranquilo, até que...

E, quando você vê, puft! Acabou. Já era.

Por esses dias de fim do mundo, meu "véio" quase "se foi". Quase foi "puft". Antes de hoje. Ainda está lá, no hospital., recuperando-se do "quase". Saiu ontem à noite da CTI (acho que não seria mesmo um bom lugar para se estar no dia do fim do mundo!!!).  Se as coisas não tivessem dado certo, se o "Santo" dele não fosse forte (e ele teimoso como uma mula, até prá ficar ruim, graças à Deus...), para ele, seria, portanto, o fim do mundo.

Então, finalmente, depois de longos 39 anos, percebi: o fim do mundo pode nos chegar à qualquer momento, sem qualquer aviso prévio.

Basta a gente saber o que fazer - e como bem viver - nesse nosso meio tempo por aqui. 


Lembrando que de bom tem a família, fazer amor com a esposa, brincar de cavalinho com o filho, os amigos, um monte de outras coisas e claro, as motos. 

E as motos são efetivamente um problema! Tem a vida E as motos. 

Problemáticas simplesmente porque todo resto dever ter. Mas ninguém garante que em outro plano de existência haverão motos.

Então, pelo sim, pelo não... Vamos andar de moto!

Até breve!!!

Crédito das fotos:
1 e 3 - A&K Motos
2 - google images

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Medindo a paixão por motos - ou você é, ou não é.

Vindo ao trabalho na minha valente XLX 250 R, 1987 , vulga "Nazaré" ou simplesmente "Nazá"- da qual não pretendo me desfazer enquanto vivo - e, em trânsito tranquilo, vendo os motoboys e outras classes de motociclistas (até um Harleiro/ista "maluco" com direito a patch, tatuagens nos braços e malboro aceso enquanto pilotava segurando o "seca sovaco") maginava se poderia medir a paixão por motos de caras como eu. 

Há coisas na vida que não tem preço... Nem medida.

Dizem que o mundo acaba já agora, semana que vem, daqui há 7 dias... Será? Acho brabo! Bom... Semana que vem, ainda vou estar trabalhando!!! Será que irei passar as últimas horas da existência da humanidade sentado na frente do computador? Não é bem assim que eu pretendia deixar o mundo terreno. Pior... Minhas férias começam dia 22! Fala sério! O mundo acabar no 21, comigo no trabalho, longe de minha esposa e filho e sem minha moto seria muita sacanagem! Acho que no mínimo vou marcar com os dois de virem comer inteira uma torta de chocolate com refrigerante em frente à pilha de processos que tenho a fazer, cometendo, assim, a última excentricidade gastronômica que eu poderia imaginar.

Ok, ok! Mas vamos imaginar de verdade, que SIM! O mundo realmente vai acabar no próximo 21, antes mesmo de você abrir seus presentes de natal (esse ano eu nem me preocupei em comprá-los, já que o mundo vai acabar mesmo...). O que você faria se tivesse plena certeza disso (digamos que a NASA disparasse a notícia de que um meteorito do tamanho da lua estava se aproximando) nas suas últimas horas? 

Nem lhes conto o que pensei... Sim! Não era ficar na frente da TV, ou fazer sexo loucamente com minha esposa, ou ainda gastar tudo que tenho numa viagem insana qualquer, assaltar um banco só pela adrenalina ou pular de páraquedas com uma mochila. E nem devorar a torta de chocolate inteira, pois essa hipótese pretendo efetivar só de "molecagem", ao menos parcialmente (digamos que um pedaço moderado apenas...). Nada disso!!!

O que imaginei foi algo bem mais simples...

Prá mim bastaria minha moto, a esposa na garupa e meu filhote no meio. Capacetes? Prá quê? Iria até algum lugar mais deserto com eles, provavelmente para cima dos Andes, em algum "paso" desconhecido, lá pros lados onde "o vento faz a curva" e esperaria abraçado neles e apoiando a cabeça no banco da moto, que a tal altura estaria deixada no gramado também esperando o fim do mundo. 

O que quero dizer é que algumas paixões não tem cura, não tem preço.  Que a primeira coisa que você pensa é naquilo, torcendo que a última também seja.E que tem algumas coisas singelas na vida para a qual a gente não dá valor... Até que um dia chega o fim do mundo e passa a ser tarde demais.

Assim sou com minha família e com minhas motos... Uma paixão simplesmente inexplicável, sem medidas.

Se me perguntassem se eu trocaria nunca mais poder andar de moto por quinhentos milhões de reais, minha resposta seria um sonoro NÃO! E um tiro no "fidapuuu" que me fizesse tal proposta... Em tempo: quem me conhece sabe o quanto gosto dessa coisa chamada dinheiro.

Daí que pude ver a medida de minha paixão.

E quanto a você? O que lhe faria parar prá sempre de andar de moto? Fora o fim do mundo, lógico.

Pensem nisso...

Até breve!!!

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Como se concretizam os sonhos de vidas e de motos... Um bom ano!

Há mais de um ano e meio atrás, postei sobre realizações de sonhos, "Motocar ou não motocar... Eis a questão!", enfim, prioridades de vida em busca de algo que muito queremos em prol de outras.

Naquela época, minha prioridade era um lar, uma casa que eu pudesse chamar de minha, onde pudesse criar meu filho "solto", com espaço de sobra no quintal para que ele corresse, jogasse uma bola, subisse em árvores e comesse frutas direto do pé, por mais ordinárias que fossem. Lugar onde levasse também - prá aprender que a vida às vezes é dura - alguns bons tombos na grama, uma picada que outra de formiga "pimenta" e aprendesse a respeitar abelhas,  aranhas e outros pequenos seres peçonhentos, para, em futuro breve saber como tratar com outros quiçá maiores, infelizmente ainda existentes, com os quais invariavelmente um dia cruzará, chamados por alguns de chatos, pedantes, desumanos, bandidos (políticos?), etc.

(E o que isso tem a ver com motos? "O blog não é sobre motos?", questiona-se você...)

E eu queria - e, por honra ou teimosia muar - começar era do zero mesmo, para deixar exatamente como eu sonhava, sem ter de aceitar o que encontrasse já pronto. Iria construir, portanto. Queria também, nesse pacote, um lugar onde minha esposa pudesse tomar banho de sol, catar manjericão para prepararmos uma pizza marguerita, ler um livro tranquila observando o guri ou que pudéssemos simplesmente namorar à noite sob a luz da lua e das estrelas, sentados  em um banco de jardim embaixo de um butiazeiro ou nespereira no meio do gramado rescendendo ao orvalho da madrugada. E exigente que sou, queria ainda que a casa tivesse na lateral corredor de coisa de metro e vinte,  coberto por pedras à lembrar as boas e velhas estradas de rípio da Patagônia (lugar pelo qual me apaixonei) acabando aos fundos do terreno, por onde pudessem meus amigos ou nós mesmos passar com as motos e lá em um círculo que desenharia ou algo do tipo, alinhá-las. E queria também  uma boa lavanderia com lugar para guardar minhas tralhas de moto em um sótão sobre a mesma, com um bom acesso lateral por escada que ali encostaria.

(E isso tem tudo a ver com motos...)

Nessa época, fui antes de pá e enxada na mão, para salvar da morte certa uma "réles" nespereira. Sei lá... Deve ser porque estou ficando com mais idade, mais "bobo" talvez, e porque, à medida que vamos avançando no tempo ainda restam as boas lembranças.

Quando vi a nespereira no terreno outrora baldio, lembrei do tempo que era guri e que ficava comendo na rua as tais ameixas (é incrível e quase inimaginável hoje em dia nas capitais, mas naquela época se encontravam árvores frutíferas em plena calçada, coisa hoje em dia cada vez mais rara!). A gente guardava os caroços que fossem redondos, e ia depois brincar de "bodoque", já que estas eram melhores do que as bolinhas verdes de cinamomo, colocando latinhas nos muros. A diversão maior era quando achávamos as de alumínio, o "último grito"  em tecnologia (lembrando ainda que naquele tempo não existia a cata ao tesouro da reciclagem, e a confecção das latinhas de alumínio eram muito cara), pois as normais da época eram as de "folha de flandres", que não amassavam  tão fácil - ou, delírio!, furavam - quanto as primeiras.

(Naquele tempo a gente percorria a vizinhança de bicicleta, sonhando com motos, tendo um prendedor de roupas a prender uma tampa de margarina em contato com os raios só prá fazer um som do tipo "trééééé" que a gente jurava igual ao das DT's...).

A teimosa "reinou" para sair, com raízes emaranhadas em pedras e por baixo de laje antiga de concreto.  Foi marretaço, legítima "picaretagem" e poda à facão, regados à muito suor embaixo de um sol de meio dia de um domingo. Se ela resistisse, estaria apta a aguentar o resto dos trancos da vida, pensei eu... Cavei cova profunda e para lá arrastei-a, já meio esgotado das forças, pensando que teria sido muito mais fácil simplesmente "deixar por isso mesmo" e esquecer da nespereira. 

Mas eu sou "teimoso, como uma mula". E não é de minha índole "deixar por isso mesmo" as coisas. Quero sempre ir até o fim, mesmo que tenha de voltar "n" vezes para concluir algo... Arranquei à unha o basalto abaixo (até hoje não sei quantas camadas, concreto e o que já tivera naquele terreno que virara baldio e assim estava registrado desde sempre na matrícula), abri um entorno de coisa de metro e meio, encontrei a melhor terra que pude em meio à população incipiente de mamonas (por mais que eu arrancasse pela raiz voltavam com tudo), forrei o fundo da cova e ali meio que atirei a coitada. Molhei-a e gritei alto - já enlouquecido de sede e calor: "Agora, te vira que eu quero frutos quando vier prá cá!". Com o "facão de três listras" - amigo velho de todo bom gaúcho que se preze - ainda dei-lhe de talho, avisando o que ela teria enfrentar no meio da obra...

(Obra, ou ao menos essa minha, que tem tudo a ver com motos...)
Voltei lá quase que diariamente, atirando uma água ao pé, até se firmar e virar-se só com a chuva que porventura caísse. A peonada foi mais implacável que eu. Aquela árvore já judiada, serviu de escora prá andaime, tripé para bancada de dobrar vergalhão e o que mais viesse. Viravam cimento e brita na base dela, enfiaram-lhe pregos para tudo quanto foi lado e lugar que mais lembravam os cravos  às mãos de Cristo (com uma capacidade enorme de enferrujarem da noite para o dia, os quais removi só com muita força e grande pé-de-cabra) e antes de me mudar no início de agosto, ainda arranquei à picareta placa de concreto que ali se acumulara. E ela lá, impassível.

Entrei com as motos pelo caminho que planejei. Mais um sonho estava agora realizado! Brindei à coragem dela, me lembrando de quantas vezes estive lá olhando-a de rabo de olho, quantos tijolos vimos sendo empilhados desde as bases, quantos outros sonhos deixados para depois, horas "perdidas" longe de minha esposa e filhote para visitar a obra, mandar destruir e fazer novamente  uma parede que saíra  em desacordo com os planos e deixar tudo como queríamos, quantas brigas com os trabalhadores, fornecedores, com o construtor para que tudo corresse a contento. Lembrei-me da R1200GS Adventure que me desfiz com dor no coração para adquirir o terreno onde agora estava nossa casa, de bem mais lá atrás quando eu ia há quilômetros de distância estudar de bicicleta só sonhando com uma bonita família e com uma moto (ou uma "frota", porque não?), olhei a "velha" nespereira de guerra emoldurando a lavanderia e então tive certeza de como se realizam os sonhos de vidas e de motos...

Primeiro são sempre só sonhos. Os sonhos e mais nada. Torná-los realizade, depende só de sua força.

(E concluo que também meus sonhos tem a ver com motos...)

Agora outros sonhos já vislumbramos no horizonte. Não é de nosso feitio nos acomodarmos... Temos planos de e com as motos, viagens, empreendedorismo em torno delas. Minha esposa "chutou o balde" e decidiu que vai realizar também seus sonhos. Parte à nova profissão. Dou-lhe a maior força, pois tenho que a vida é só uma e precisamos fazer aquelas coisas com as quais sempre sonhamos. Tudo é possível. Mudamos o rumo, pegamos a estrada de chão em detrimento do asfalto tranquilo, contrariamos o grito dos exaltados que nos cobravam o caminho mais fácil e medíocre, mostramos dentes e punhos aos covardes e descrentes que nos disseram prá não ir por ali, para comprar pronto, prá não construir, prá não andar de moto (pois moto é perigoso!), não ter filhos, não sonhar demais, evitar os perigos e "talhos" da vida, já que atalhos, não há.

"Então, de repente, me lembro que os sonhos devem ser construídos passo-a-passo. Que sonho só sonhado, não leva a nada. Deve ser realizado, sendo importante ter sempre presente que só temos uma vida para fazê-los acontecer. É difícil? Claro que é! Demora? Normalmente um pouco. Tudo depende do tamanho e da força empregada para realizar o sonho." (sic post de fevereiro de 2011)

Tudo depende do tamanho e da força empregada para realizar o sonho.

Tudo depende se o seu sonho vale a pena...

Nunca deixe que alguém lhe diga que você não pode ter, não pode ir, não pode fazer. Não se permita desculpas. Não deixe de ir, de viajar porque todos seus amigos "deram prá trás" naquela viagem programada e há tanto sonhada por você para Ushuaia, Atacama ou para onde você deseje ir de moto. E mesmo se você ainda não tem moto - e nem "onde cair morto" - nunca, jamais deixe de sonhar! E sonhe com força! Sonhe acordado! Persiga seus ideais, lute, aguente o caminho ruim e os talhos que a vida pode lhe dar. Atalhos, não há.

Se todo mais der errado, ao menos no fim você poderá olhar para trás e dizer, com orgulho, que tentou. 

Porém, lhe garanto: nada pode dar errado! Salvo para os covardes, os que desistem. Enquanto você não desistir, não acabou. E se não acabou, ainda não deu errado.

Acredite que se esse ano foi bom para você, o próximo será ainda melhor. Se tiver a fé necessária, assim será.

Para o próximo ano já me comprometi a sonhar ainda mais alto, com trocar de moto, dar andamento definitivo à A&K Motos, viajar mais no lombo da motoca nova à vir, com a esposa e filho me acompanhando num carro novo e branco da A&K Motos que me seguirá (ou que seguirei) ou, com sorte, algumas viagens mais curtas com ela na garupa, conhecer novos lugares, etc. 

Afinal, que tipo de motociclista nós todos somos? Dos que concretizam os sonhos de vidas e de motos!

Até breve!


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segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Triumph Tiger Explorer versus BMW R1200GS. Com qual moto você vai melhor, afinal?

No post passado, ao fazermos um comparativo técnico entre a Triumph Tiger 800XC e a BMW F800GS, um amigo pediu algumas linhas para decidir entre a Triumph Tiger Explorer ou a BMW R1200GS. 


De plano, já deixei claro a ele que meus "post" tratam apenas da questão comparativa técnica, já que igualmente não andei nessas duas motos. Tive, porém, por "apenas" 3500km uma BMW R1200GS Adventure, que de meu ponto de vista não se compara sequer com sua irmã menor R1200GS "normal". São, mesmo dentro da família, dois mundos completamente distintos. É meio como dois irmãos gêmeos, idênticos, mas onde um fez musculação para crescer e o outro ficou apenas no aeróbico...

Agora...

Quando se fala na nova Explorer comparando-a com a R1200GS, primeiro temos de saber onde estamos pisando. Qual a intenção real? Comparar a Explorer com a  "antiga" R1200GS a ar ou com a NOVA R1200GS Liquid Cooler 2013? Ou estamos comparando a Explorer com a R1200GS Adventure 2012???

O mais "justo" para nós parece ser fazer o comparativo entre a R1200GS que está no mercado e a Explorer... A um porque se fôssemos comparar a inglesa com a top de linha Adventure, temos que a primeira sairia em franco prejuízo (nada bate a suspensão regulável da Adventure ao toque de um botão e aquele tancão de 33 litros, que a tornam uma "comedora de estradas"!!!), e a dois, se comparássemos a R1200GS LC (nova) com a Explorer, estaríamos a fazer comparativos de algo que NÃO está no mercado com outra que já está. Nesse ponto, porém, temos que a briga mais "justa" seria exatamente entre estas duas, mas temos que, com toda tecnologia embarcada na nova R1200GS, mais uma vez a inglesinha poderia ficar à ver navios. Dito tudi isso, ficamos na comparação entre Tiger 1200 XC e R1200GS.

Aos fatos estamos falando de uma alemã com 1170cc's, 110cv's e 229kg (ordem de marcha) contra uma inglesa de 1215cc's, 137cv's e 259kg (ordem de marcha) e aí o bicho já começa a "pegar"...

Pelo que se poderia dizer de saída, verifica-se que a Explorer responde com um motor bem mais agressivo, necessitando, contudo, atingir 9000 rpm's para encontrar sua maior potência, enquanto que a GS já está fazendo isso nas 7750 rpm's. Isso quer dizer, basicamente, que o motor da Tiger estará "berrando" bem mais para atingir seu torque máximo mas que tem bem mais "puxada" que a  BMW? Absolutamente, a resposta é um sonoro NÃO! Muito embora estejamos falando de 27 cavalinhos à mais, estranha-se que a inglesa tenha praticamente o mesmo torque da alemã, com a diferença de que a BMW atinge sua força máxima à rotações muito inferiores do que a Triumph. Culpa do motor tricilíndrico da Tiger, pois, na teoria, quanto maior o número de cilindros em motos, mais rotações teremos de ter. É por conta disso que os sonoros "quatro em linha" exigem rotações tão elevadas e vão muito bem em esportivas. Então, teoricamente falando, desde já se percebe que a inclinação da germânica é muito mais "off" que a tigrada, a qual deve ir melhor no asfalto, de onde parece vir o maior apelo das motocicletas da marca, que não fazem feio em tal ambiente. 

Em termos de consumo, a BMW ressalta que a 90km/h, pode-se atingir surpreendente marca de mais de 23 km/l. Considerando seu tanque de 20 litros, estaríamos falando de uma autonomia de mais de 450km, o que sinceramente, acho muito pouco provável. isso porque o trajeto em qualquer estrada lhe obriga enfrentar ventos, paradas, acelerações, freadas bruscas, mudanças de temperatura, carga, etc., pelo que razoável seria falarmos em uns 20km/l (até porque, convenhamos, não conheci nenhum motociclista de longo percurso que mantivesse seus 90km/h sobre motos de altas prestações!). 

Já a Triumph fala a mesma coisa, se atrevendo algumas publicações a falarem de até 24km/l. Tanque? Idênticos 20 litros... É a eterna briga de qual big trail é a melhor, qual anda mais, etc., etc., etc. Mas... Com 137cv's e um bom motor quase esportivo, acredito ainda mais difícil do que na BMW manterem-se as baixas rotações e velocidades para se fazer média tão boa. A vontade de "enrolar o cabo" sem dúvida é bem mais latente. Ficaria, portanto, também na Triumph considerando os 20km/l. 

Dois discos flutuantes de idêntico tamanho na frente das duas motos, 4 pistões para as mesmas, e na traseira, um disco simples de 2 pistões, e a gente já começa a se perguntar quem copiou quem, ainda mais quando vemos que ambas usam pneu de 110/80 R 19 na dianteira e 150/80 R 17 na traseira. Nada menos original é possível. E como se não bastasse, as suspensões mudam em milímetros apenas, com 190mm de curso na dianteira de ambas contra 194 e 200mm com vantagem da BMW na traseira. Milímetros esses que não fazem praticamente diferença nenhuma. Em tese... Sim. Porque nunca podemos esquecer que nas BMW's 1200 estamos falando do sistema de amortecimento frontal telelever, que pode vir equipado com "ESA", enquanto na Triumph não há essa tecnologia toda. De se admirar por conta da parafernália da alemoa, que a Triumph seja mais pesada. Aliás, esse foi ponto que muito nos supreendeu quando do lançamento da Explorer, pois, sinceramente, esperávamos uma moto um tanto mais leve (nota: a Super Ténéré também perdeu pontos conosco nesse quesito...), uma vez que estamos falando de corrente e não cardã, de suspensão invertida simples e não telelever, de mesma capacidade de tanque, motor que não muda tanto, etc. Estaria toda essa diferença de peso em 1 cilindro a mais da Triumph? De minha parte, tenho que a inglesinha poderia - e deveria - fazer um bom de um regime, antes de mais nada!

Quanto ao conforto, o banco da BMW fica a bons 850mm do solo, recebendo bem pilotos de 170 e poucos centímetros de altura. Da mesma forma anda a Triumph, com seu banco que não assusta pilotos menores, distando este a 840mm do solo.  

Mas...

(e o que "mata" é sempre o mas...)

Se a Tiger Explorer vier ao Brasil - e isso não é nenhuma certeza, embora boa probabilidade - especula-se irá custar em torno de R$ 63.000,00 (sessenta e três mil reais) o que é valor bastante salgado e faz o potencial consumidor pensar muito antes de partir para experimentar a novidade. 



Outro fator preocupante, como sempre, é que a Triumph tem poucos representantes no Brasil, e, muito embora o fabricante avise que vai implementar em torno de 12 pontos de representação até final de 2013, não se pode contar com a galinha antes do ovo. Ou vice-versa. 

Finalmente, salvo por importação direta, não se terá antes de abril do ano que vem a moto aportando por aqui. 

Dito isso, se a questão é comprar já, não resta outra alternativa que não a BMW.  Porém se não há pressa... 

Malditas dúvidas!!! Nada melhores quando as tão doces em torno de motos...



Crédito das fotos: 
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* Informamos que os post elaborados são realizados geralmente apenas com base em informações variadas buscadas junto aos fabricantes, impressões "estáticas" das motos comentadas e ainda por matérias de diversas páginas da internet e imprensa especializada, nacional e sobretudo estrangeira, de onde procuramos selecionar os melhores e mais fidedignos dados. Junto a isso, adicionamos experiência de mais de 15 anos de pilotagem e centenas de milhares de quilômetros nos mais diversos tipos de motos, estradas e condições climáticas. É com estas bases e características técnicas de cada moto que procuramos emitir impressões acerca de um e outro modelo. Por tais razões, nossa opinião não é indicativo ou sequer sugestão para aquisição de um ou outro modelo.

O autor do "post" não teve contato direto até a presente data com a moto Triumph Tiger XC, pelo que as impressões quanto a mesma são ainda mais técnicas do que com referência a R1200GS, uma vez que já teve, em contrapartida, oportunidade de pilotar por 3500km uma Adventure.  

Frisamos, por fim, que não temos nenhum vínculo ou obrigação comercial com quaisquer das marcas citadas. Quaisquer críticas podem ser dirigidas diretamente ao e-mail adv_shadow  arroba yahoo pt com pt br . 



sexta-feira, 16 de novembro de 2012

BMW F800GS ou Triumph Tiger 800XC? Qual dessas é a sua próxima moto?

Todos sabem de minha admiração que já vem de longa data pelas motos BMW. Sempre achei difícil encontrar substitutas à altura de tais máquinas, seja por conta da tecnologia embarcada em tais motos, seja pelo design ou teorica confiabilidade mecânica. Costumo comentar que enquanto as outras estavam indo com a farinha, a BMW já vinha de volta comendo o bolo...

É só dar uma olhada em termos de ABS, cardã, controle de tração, etc., que meu leitor vai compreender o que estou querendo dizer. Isso sem falar no design. Parece que todas querem imitar a BMW e ficar o mais parecidas possível com a mesmas, sobretudo em se tratando do segmento big trail. "Mutatis mutandis" é tipo o que acontece no mundo custom, onde todas querem se parecer com a Harley.

Assim, para mim a BMW até hoje tinha reinado absoluto sobretudo no setor das big trails. Até hoje...



O que mais me "emociona" no mundo, seja das motos ou das pessoas, são aquelas "inconformadas". Claro, não as choramingas... Gosto daquelas justamente que não ficam choramingando dizendo que estão perdendo mercado, que o mundo não é justo, patati, patatá, e que diante das adversidades "tiram a bunda da cadeira" e fazem algo para mudar. A Triumph prá mim mostrou esse seu lado guerreiro.

Enquanto a Suzuki deixa a DL-VStrom cair no esquecimento (somando-se as inúmeras críticas dos clientes quanto a precariedade de atendimento da rede de concessionárias no Brasil, quem nem o modelo 2012 com ABS se dignou a trazer), a Honda que parece querer  nos entupir motos do início do século XIX como último grito, a Kawasaki  que tenta calçar suas luvas de boxe com a Versis (o que ouso teimar não se enquadrar na linhagem das big trails sob protestos ruidosos de muitos admiradores), e a Yamaha... Bem, a Yamaha que em se tratando de trails médias apenas se resigna a enfiar uma carenagem "grilística" que juram linda na antiga XT 600 e tenta a todo custo convencer os consumidores de  que fez misérias tecnológicas (sequer um réles ABS a Ténéré 660 ganhou)... ...a Triumph simplesmente entra no ringue e se prepara para bater. E bater forte!!! Não é uma luta de "barbies", mas de profissionais.

Em um canto, pesando185kg, 85cv's e suspensões de 230 e 215mm de curso: BMW F800GS!!!
No canto oposto, pesando 201kg, 95cv's e suspensões de 220 e 215mm de curso: Triumph Tiger 800XC!!!

Já daí começa o leitor mais atento a se questionar: mas porquê 16 quilos a mais? Nossa! 10 cavalos fazem bastante diferença. Sempre é bom ter mais cavalinhos... E o curso das suspensões então? Quanto maior, melhor. Não é assim?

Ponto para uma de um lado, para outra de outro.

Aí nos adentramos mais nas fichas técnicas de ambas motos, e vemos que enquanto a Triumph atinge seu torque máximo há 7850 rpm's, a  BMW já o está fazendo em 5750 rpm's. Uma diferença bastante significante, culpa do motor muito mais esportivo da Triumph, que privilegia as altas rotações e, bradam alguns, afasta a moto um tanto do "off road". E aí, nota-se ainda que embora com maior cavalagem, o torque da inglesa é quase 20% menor que da alemã. Com tudo isso, não faltam os que defendam que se sua praia é off, a BMW é a sua melhor opção enquanto outros que se vai andar mais no on, não precisa pensar duas vezes para embarcar numa Triumph. Os três cilindros da Triumph contra os dois da BMW, querem fazer confirmar a tese.

Por outro lado, a Triumph ainda apresenta uma altura de banco quase 30mm menor que a BMW, o que chamará atenção dos motociclistas que não tem lá descendência germânica e nem seus 1,80m de altura, estes se adaptando melhor à bávara. Claro que o curso menor dos amortecedores da Triumph também influencia nesse ponto e, de negativo, deixa  o cárter da última mais próximo do solo, o que nunca é boa coisa.

Assim como não é coisa boa uma moto com tanque pequeno e, aí a BMW ganha nota mais baixa. Apenas 16 litros no tanque sob o banco tem sido alvo de infindáveis críticas. 19 da Triumph já é um pouquinho melhor e, levando-se em consideração que os motores de altas rotações costumam ser um pouco mais econômicos do que torcudos de baixa, é a Triumph que promete uma autonomia ligeiramente menor. Não impressionaria algo na casa dos 400 e poucos quilômetros mantendo a mão leve...


Sistema de freios praticamente idênticos em ambas, com dois discos à frente e um na traseira. Praticamente o mesmo tamanho e componentes, com dois pistões por disco à frente e um atrás. A diferença fundamental parece estar no ABS. Lá fora é item opcional. Porém, pelo site brasileiro da Triumph, parece ser item de série. Uma preocupação - e dinheiro - a menos. Ou a mais, dependendo do ponto de vista.

No mais, são motos muito parecidas... Tanto que não fique surpreso se um frentista ou motoboy muito desavisado e metido a entendido lhe perguntar se a inglesa é uma BMW e a alemã uma Triumph e/ou vice-versa. Rodas e pneus de tamanhos idênticos, ambas contando rodas raiadas, injeção eletrônica, um painel que presta todas infomações necessárias, transmissão por corrente, boa capacidade de carga, etc., etc., etc. Confiáveis, confortáveis para o que se propõem e capazes de proporcionar bastante diversão a seus pilotos. A Triumph vence de um lado, a BMW de outro. Tudo depende do que está sendo analisado.


E por falar em dinheiro, que é uma das coisas que muito nos interessa, a Tiger 800XC vem anunciada a exatos R$ 39.900,00 enquanto que a F800GS estacionou na casa dos R$ 42.900,00. Isso o modelo "antigo" da BMW, lógico, pois ao que tudo indica, a nova 2013 vem com mais tecnologia (fundamentalmente ESA na traseira e também controle de tração), o que pode colocar alguns querequequés a mais no valor final da mesma.


Agora resta ao consumidor escolher o que é o melhor para si...

Quanto a mim, confesso que estou em uma terrível dúvida. Terrível e doce dúvida...


Crédito das fotos: 
1 - site http://rootsbd.com
2 - google images 
3 - site forum.motociclismo.pt
4 - site www.bikescatalog.com
5 - site www.motorcycle.com 

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* Informamos que os post elaborados são realizados geralmente apenas com base em informações variadas buscadas junto aos fabricantes, impressões "estáticas" das motos comentadas e ainda por matérias de diversas páginas da internet e imprensa especializada, nacional e sobretudo estrangeira, de onde procuramos selecionar os melhores e mais fidedignos dados. Junto a isso, adicionamos experiência de mais de 10 anos de pilotagem e centenas de milhares de quilômetros nos mais diversos tipos de motos, estradas e condições climáticas. É com estas bases e características técnicas de cada moto que procuramos emitir impressões acerca de um e outro modelo. Por tais razões, nossa opinião não é indicativo ou sequer sugestão para aquisição de um ou outro modelo.

Temos recebido críticas de alguns de nossos leitores, alegando que os relatos e impressões não são fidedignos, uma vez que não fizemos os "test drivers" nas motos. Reconhecemos isto como uma lacuna, a qual se dá por conta que mesmo tendo por várias vezes solicitado oportunidade de "test drive" perante concessionárias e representantes das marcas, os mesmos sempre são negados ou na maioria das vezes simplesmente não nos é dado retorno. Temos isso como reflexo do mercado de consumo e perfil dos consumidores brasileiros, que geralmente compram motocicletas sem ao menos ter a oportunidade de experimentar as mesmas.  

Frisamos, por fim, que não temos nenhum vínculo ou obrigação comercial com quaisquer das marcas citadas. Quaisquer críticas podem ser dirigidas diretamente ao e-mail adv_shadow  arroba yahoo pt com pt br . 

terça-feira, 2 de outubro de 2012

Apresentando a nova R1200GS LC (liquid cooler)

A maior prova de que o que é bom pode melhorar se chama R1200GS. A marca? BMW, logicamente!

Enquanto outras sedizentes "big trail" encaram cada vez mais o conceito big e menos o trail, esquecendo-se que a categoria deveria servir para o fora de estrada e não só para o asfalto liso - como parece ser a intenção das atuais big trails (vide KTM, Triumph, Honda, etc.) - a BMW não inventa, e mexe pouco no time que está ganhando.  

 
AS GS são motos consideradas das mais bem adaptadas ao off road, sempre competindo com as KTM. A diferença entre as duas sempre residiu no fato de que a KTM, por mais arisca, se dava melhor na terra, enquanto que a BMW, com sua "pequena" roda frontal e CG baixo, ia melhor ou no off muito leve, ou no asfalto mesmo. Claro, estamos falando de motos para pilotos "normais", não para aqueles que fazem verdadeiras "estripulias" sobre motos pesadas como se fossem brinquedos de criança.
São 30 anos de conceito GS (G de "Gelände" = "terreno" e "Strasse" = estrada. Algo como terreno e estrada, ou "on e off road" numa tradução liberal). Claro, não podemos esquecer que BMW's, assim como HD's, KTM's e outras, tem sua legião de fãs e de inimigos. Há quem torça o nariz para o motor 'boxer", enquanto outros dão-lhe salvas de palmas. A grande verdade é que, apesar de toda tecnologia embarcada - o que pode ser um problema em lugares remotos - em geral o motor boxer é bastante confiável e redondo, não pregando maiores "sustos" ao piloto. Fato: a GS é conhecida por ser utilizada nas chamadas "viagens enduro", onde o tipo de terreno não é problema. 

(em tempo... Vide nosso post anterior sobre as Harley's... Agora imagine-se encarando uma estrada de rípio em uma Ultra Glide. É o quadro da tortura! Já de GS...)

E por falar em "torcer o nariz", invariavelmente existem aqueles que se perguntam porquê a BMW está "abandonando" o motor refrigerado à ar e partindo para a refrigeração líquida. Sem entrar em pormenores poderia dizer simplesmente: normas de emissão de gases, tecnologia, potência, etc. Enfim, um caminho sem volta.

E a BMW sabe o que quer. Fato é que as novas BMW's R 1200GS's, refrigeradas à líguido, foram lançadas com a finalidade precípua de: 

• aumentar o desempenho geral (maior potência do motor, maior tecnologia de controle de tração, suspensão e freios);
• aperfeiçoar e aumentar a sua adequação off-road (menos carenagem, suspensões melhor preparadas);• atingir números superiores dentro do segmento de enduro de viagem e em termos de motor e desempenho de condução (idem maior potência do motor, melhor ciclística, conforto);• assegurar a preparação para o futuro em termos de ruído e emissões de escape (motivo principal da adoção da refrigeração líquida, utilizando-se conceitos e princípios da Fórmula 1);• suspensão totalmente regulável eletrônicamente, assim como tração, para maior desempenho fora de estrada (ESA, ESC, ABS, etc);• aumentar a segurança ativa e passiva (idem controle de tração, suspensão, etc.);• manter o inconfundível conceito GS, com qualidade e acabamento superior.

No que tange especificamente a refrigeração, líquida do motor, interessante notar que não é "todo" motor que é arrefecido à líquido (na verdade uma "mistura" de água e um tipo especial de álcool, o "glicol"), como acontece nos carros e maioria das motos com tal conceito, mas somente as partes - sobretudo internas - submetidas a maior calor. De resto, como por exemplo os pistões, o motor continua a utilizar o ar, pelo que se mantém a "cara" do motor boxer. Um observador mais desatento, que visse apenas o novo motor, não notaria diferença para o antigo. Como saber que trata-se de motor novo? A resposta está nos pequenos e discretos radiadores, capazes de deixar o motor "numa boa", de cabeça fria (e as partes baixas do piloto também agradecem!). 
 
Tudo isso acaba elevando a potência para ótimos 125cv's,
o suficiente - ou diria até o ideal - para uma moto deste porte. Se antes alguns achavam a R1200GS "fraca" em algumas retomadas, agora não há mais desculpas! Suporta o conjunto uma embreagem agora "molhada", com sistema "anti-hopping" (algo como "anti-tranco", enfim, uma tecnologia apta a evitar aqueles indesejáveis trancos que às vezes se observavam em trocas mais radicais de marcha), e o bom e velho cardã, agora no lado esquerdo. Com isso, a BMW anuncia o peso de 238kg em ordem de marcha, 10kg a mais do que a versão anterior portanto. Dieta de engorda por conta da refrigeração líquida (sim! O motor precisa mais "espaço" para as "veias" de refrigeração, radiadores não tem peso inexistente, mais tecnologica significa mais equipamentos e por consequência mais peso, etc.)
E por falar em mais tecnologia e dependência da mesma (o que pode colocar o piloto em grandes enrascadas, diriam os que sempre vêem o copo meio vazio em vez de meio cheio)...

Tipo, sabe o cabo do acelerador? Pois é. Não existe mais!


Hein? 


É isso mesmo. Agora um atuador do acelerador eletronicamente motorizado é utilizado pela primeira vez numa moto GS. Assim, os comandos do piloto são transmitidos diretamente pelo sensor da manopla do  acelerador para o sistema de controle de aceleração do motor, que regula eletronicamente a válvula de estrangulamento (ou de injeção eletrônica) deste. E para deixar os "geeks" loucos, agora o piloto pode adaptar a característica do motor à situação da estrada. São nada menos que CINCO modos de pilotagem (só em termos de motor), a saber: chuva, estrada, dinâmico (ou esportivo), enduro e enduro profissional. Sem falar no SEXTO modo, que é o opcional de controle eletrônico da velocidade de cruzeiro. Esqueça, portanto, as perigosas e abomináveis (já falei "mal" sobre elas!) "travas" de acelerador. modos (extra opcional). Também foi possível incluir uma função de controlo electrónico de cruzeiro (extra opcional).


Integrado aos "modos" do motor estão o ASC ("automatic stability control", ou controle automático de estabilidade), o ESA ("eletronic suspension adjust", ou ajuste eletrônico de suspensão) e o ABS ("anti-brake system", ou sistema de anti-travamento). Toda parafernália é controlada pelo chamado sistema "E-gás", o "cérebro" de todo conjunto, logicamente transmitindo a informação pelo "can-lin", que agora substitui o "can-bus" (digamos que o can-lin é a evolução do can-bus).

As rodas mantém o raio de 19 polegadas à frente e 17 atrás, com larguras de 120 e 170mm respectivamente, e a nova estrutura do chassis suporta melhor as forças de trorção, deixando o conjunto mais rígido e a estabilidade mais precisa. Segura a máquina confiáveis conjuntos de freios Brembo.


Faróis de LED integrado anunciam a luz da nova tecnologia, com inédita luz de circulação diurna, o que torna a moto mais visível mesmo sob o sol. Para a noite, as lâmpadas de led otimizaram o farol. Além disso, você sabe: led's são infinitamente mais duráveis do que uma lâmpada "comum". 
Esqueça, portanto, as lâmpadas queimadas.


Pára-brisas melhorado para reduzir o ruído e proteger ainda mais do vento, podendo agora ser ajustado durante a condução. Uma "rodinha" na lateral permite o ajuste da inclinação do pára-brisas (e profetizo que não vai demorar para este ser também ajustado eletrônicamente, dependendo da velocidade! Quem viver, verá! Aguardem e confiem...). Também o assento do piloto, que antes podia ser ajustado apenas na altura, agora pode também ser ajustado em seu ângulo de inclinação, enquanto que o do passageiro pode ser ajustado para frente e para trás, mantendo o passageiro mais próximo ou mais afastado do piloto. Ainda o guidão é facilmente ajustável, para dar mais espaço aos joelhos ou simplesmente facilitar a condução em pé (para o off road). Complementando, agora até o apoio dos pés pode ser ajustado! 
Enfim, tudo para que o piloto possa "vestir" a moto.

Há pouco - ou quase nada - para reclamar. Ao que tudo indica, a BMW não fez "ouvidos de mercador", como acontece com as demais marcas, aos apelos de seus consumidores, procurando atender todas suas exigências, por mais "personalizadas" que pudessem parecer.

Deixo meu leitor com a visão geral das novidades da imbatível nova BMW R1200GS, esperando que consiga dormir depois disso tudo sem sonhar com a máquina!




Eu, de minha parte, já vou sonhando acordado mesmo.
 
Até a próxima!!!




 

Destaques:- novo motor, com capacidade de 1.170 cc, potência nominal 92 kW (125 cv) a 7.700 rpm e binário máximo de 125 Nm à 6500 rpm;
- cabeças de cilindro com fluxo vertical para aumentar a eficiência e desempenho;- refrigeração ar / "água", otimizando a troca de calor do motor;
- motor básico, leve, compacto e com rigidez otimizada no virabrequim, separado verticalmente para facilidade de manutenção;
-
caixa de 6 marchas integrada no compartimento do motor, incluindo embreagem úmida com anti-hopping;
-
novo sistema de admissão com 52 milímetros de diâmetro da válvula do acelerador;

- sistema E-gás para condução otimizada, com suavidade e multifunções/multimodos;
- s
istema de escape inovador com exaustão controlada eletronicamente para ótimo desempenho e excepcional "som boxer";

- modos de condução "Rain", "Estrada", "Dynamic", "Enduro" e "Enduro Pro" com três diferentes configurações de aceleração eletromotriz atuador em conjunto com ASC, ABS e ESA;
- n
ova suspensão com rigidez à torção, bem como estrutura tubular de aço da ponte e "bolt-on" na estrutura traseira;

- sistema de cardã otimizado, agora no lado esquerdo;
- novo sistema otimizado de Telelever na dianteira e Paralever na traseira, chamado de sistema EVO, proporcionando maior conforto na condução;
-
chassis de geometria melhorada, com braço oscilante longo para uma excelente tração;
- largura e posição do assento melhorado, bem como
guidão ajustável para maior conforto;
-
altura do banco otimizada para o piloto (menor), permitindo a condução segura por pilotos menores;
-
pneus / rodas com dimensões de 120/70 R19 na frente e 170/60 R17 na traseira, adaptadas especialmente para a R 1200 GS;
- sistema de freios
Brembo montadas radialmente, com pinças de freio monobloco à frente e dois pistões de pinça flutuante na traseira de disco alargado (atuais 276 milímetros contra 265 milímetros anteriormente).
- ABS de série;

suspensão dinâmica ESA (opcional);
-
farol principal com eficiência otimizada de luz e luz LED de circulação diurna (opcional);
controle de cruzeiro Eletrônico (opcional);
-
preparação para a unidade de navegação com Multi-controlador para operar oBMW Motorrad Navigator IV (opcional);
-
pára-brisa regulável com apenas uma mão, com maior proteção contra intempéries;
-
assento com funções de ajuste múltiplo, para uma ergonomia perfeita;

aumento da distância ao solo (+ 8 mm);
-
novo painel de instrumentos com computador de bordo de série. Computador de bordo-PRO (opcional);
-
pintura principal nas seguintes opções: alpine white, vermelho, azul fogo e trovão cinza metálico;- vasta gama de acessórios e equipamentos especiai.



* fonte: https://www.press.bmwgroup.com/pressclub/p/pcgl/pressDetail.html?title=the-new-bmw-r-1200-gs&outputChannelId=6&id=T0132324EN&left_menu_item=node__2261

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Harley Davidson - Crise dos 40 ou loucura?

De forma geral, todos já sabem o que nunca consegui esconder de ninguém: não sou lá muito fã das Harley Davidson's...

Isso porque fundamentalmente tenho que moto é sim um veículo perigoso, como já diziam as nossas mães. Está bem que tem toda uma teoria e técnica envolvida, condução ativa, pilotagem defensiva e coisital, mas há momentos em que só bons freios e um motor potente - além de um ótimo reflexo - pode lhe salvar. Quem já passou por uma situação de aperto sobre a moto (e poucos devem ser meus leitores que chegaram até aqui incólumes), sabe bem do que estou falando. 

Acontece que, todo mundo sabe, não é novidade e não vai mudar, as Harley Davidson's de forma geral são motos pesadas. As que "prestam", ultrapassam facilmente os 300kg, e seus freios, ainda que atualmente dotados de ABS, não são lá um primor capaz de pará-las em meia dúzia de metros, ao contrário do que ocorre com outras motos mais leves. 

Logicamente, não há que se comparar uma moto custom com uma Big Trail, Sport Touring ou Naked, pois são mundos totalmente apartados...

Complicando ainda mais meu caso, tenho sérios "traumas financeiros", mentais, morais, processuais, picaretais, etc., com relação ao "ex" Grupo Izzo, que até há bem pouco tempo atrás carregava a marca. Desvincular uma coisa da outra, é algo bem difícil, por mais que tenha evoluído neste meio tempo - ou ao menos procurado evoluir, vá saber se com sucesso ou pelo contrário... - minha mente. De alguma forma meu cérebro ainda liga Harley à Izzo e Izzo prá mim está diretamente relacionado a... a... digo... Bom! Vamos deixar prá lá que  já tinha dito que não falaria mais sobre os entes falecidos.

Peso = inércia. 

Das aulas de física, se recorda que todo corpo em movimento tende a permanecer em movimento... E aí fico imaginando como é parar quase 400kg com um disquinho mixuruca na frente e outro atrás. 

Penso ainda, com desespero, como é um amortecedor "comum", de curto curso, absorver o impacto das nossas estradas com seus controladores "naturais" de velocidade (buracos ou melhor seria dizer crateras), e volto aos idos de 2003 quando eu pilotava uma Shadow VTX 600... Óh, martírio! Óh, tortura!!! Naquele ano desisti do mundo custom, por conta de curvas raspando pedaleira no chão, dor "nas partes baixas" ao passar por lombadas, crateras e tomar um "soco" vindo do inferno (depois dizem que o que vem de baixo não atinge!!! Vai andar de custom no meio da buraqueira e depois vem me dizer isso de novo!), impossibilidade de encarar qualquer terrinha, etc. Coloco nisso a "neura" de alguns que conheci no "setor custom", que não admitiam falar de outros tipos de moto, como só existisse custom e mais nada na vida. Sei lá... Não curto muito gente de "cabeça fechada". 

Mas como tenho visto ultimamente, o povo clama, o povo pede... Harley!!! Se falo que vou adquirir moto a primeira pergunta invariavelmente é: vai ter Harley???

Poxa! Quantas vezes vou ter que dizer que gosto mesmo é de BMW, de Big Trail!!!???

E olha que eu não ando com esse "povo" que usa calça de couro não!!! Tampouco com a gangue dos cromadinhos e flanelinha!

Dizem porém que "água mole em pedra dura tanto bate até que..."

... desgraça tudo.

Fui lá ver o raio das Harley's. 

E não é que elas estão cada vez mais bonitas? E não é que melhoraram (pouco, mas melhoraram!) os amortecedores? E não é que enfiaram ABS nos freios? E não é que...

Deve ser a crise dos 40. Tô chegando lá. Falta pouco mais de ano agora.

Daí que faz tempo que não enfio 200km/h numa moto e, sinceramente, já não tenho vontade nenhuma de fazer isso. 

Deve ser porque hoje tenho família (a mais linda que um homem poderia desejar! Amo demais vocês, Kyt e Kyd!!!). Deve ser a idade, deve ser porque tenho andado pouco de moto, deve ser...

Deve ser loucura. 

Afinal, é isso o que uma Harley é. Simples e maldita loucura. 

Alguém me interna?