terça-feira, 5 de outubro de 2021

Um local quase desconhecido na Route 66 - Road Runner`s Retreat

Há poucas milhas de Amboy está o pouquíssimo conhecido, mesmo de quem frequenta a Route 66 com mais habitualidade, Road Runner`s Retreat, outrora famoso ponto de parada na Mother Road. Talvez o aspecto decadente e o fato de ter virado um local fantasma, faça com que aos poucos seja tristemente esquecido...



Onde antes funcionava um posto de combustível e um ótimo restaurante, local em que, cansado de tanto rodar pela velha estrada rumo à Califórnia, retornando de suas férias de verão ou de noites alucinadas de jogatina e diversão em Las Vegas o viajante podia parar para um bom café, agora só restam ruínas, sob um deserto impiedoso mas que, justamente pelo clima árido, de forma quase cruel conserva o lugar como se mumificado - e completamente ressecado - estivesse.

Para quem não sabe, o Road Runner é uma ave corredora (ela até voa, embora prefira correr, atingindo espantosos 30km/h, o que é muito para seu pequeno tamanho pouco maior do que um pombo) que habita os desertos da América do Norte, a qual, com muita sorte você pode ver correndo por ali. Popularizada nos desenhos animados como o "Papa Léguas", aquele azulzinho que vivia fugindo do Coiote do deserto e que todos já devem ter assistido em sua infância, na vida real o bichinho não tem muito a ver com o personagem azulado, embora possa sim fugir de algum coiote do lugar, ainda que estes dois normalmente não costumem se encontrar com tanta frequência com sugeriam as caçadas e rusgas de ambos em nossa infância, dividida entre estes desenhos e tantos outros como da Pantera Cor-de-Rosa, Patolino, Gaguinho, Mr. Magoo, Pernalonga e muitos outros que fizeram o imaginário das crianças da época. 

Uma coisa porém é fato! O bichinho real é rápido para caramba, e igualmente um tanto esperto, até mesmo por conta de sua alimentação baseada em insetos, pequenas cobras venenosas, aranhas e escorpiões, num gosto peculiar por bichos peçonhentos... 

Mas não é sobre o bichinho de pernas compridas e ligeiras - o  Road Runner - o nosso post, e sim sobre o lugar que leva o mesmo nome do animalzinho, ainda que não pudéssemos deixar de falar da origem do nome. 

Inaugurado no início da década de 60 por Roy e Helen Tull, o  Road Runner’s Retreat foi alocado ao lado da então famosa Route 66, perto da localidade de Chambless, no Estado da California. Um posto de combustível no chamado Estilo Googie (Googie Style), com linhas angulosas e remetendo sempre a era dos foguetes e ao primeiro homem a pisar na lua, arquitetura tipicamente utilizada nas décadas de 40 até meados da de 70, principalmente em postos de combustível, cafés e motéis de beira de estrada. 

Durou pouco mais de 10 anos a alegria do casal, pois em meados de 1970, o lugar foi completamente fechado e abandonado, quando a Interestadual 40 passou ao largo da área, virando a principal estrada que cortava os Estados Unidos desde o leste até o longínquo oeste (o "far west" ou na expressão aportuguesada, simplesmente "faroeste"). Abaixo, uma foto de como o lugar era:


Atualmente, o lugar foi "adotado" por uma associação de voluntários, encabeçando a mesma o Sr. Ryan Anderson, equipe essa que anualmente em outubro realizam uma limpeza completa do lugar, buscando preservar o mínimo que seja as memórias de uma época de ouro! Para saber mais da história do lugar, e quiçá, até para se apresentar como um ajudante por lá na época dos reparos, você pode contactar o Sr. Ryan. Aceitam também doações! Deixamos aqui o site e demais contatos dele, que certamente ficará feliz em lhe receber!

Ryan Anderson​ - Celular +1 (805) 990-8410 - Site: https://roadrunnersretreat.wixsite.com/mysite 

E-mail de contato: RoadRunnersRetreat@yahoo.com




E aí? Gostou de conhecer um pouquinho mais da história da "Estrada de Todas as Estradas" e dos lugares escondidos que ninguém lhe fala ou lhe mostra? Conta pra gente nos comentários, que é muito importante para nós saber que estás por aqui e se és também um apaixonado pela Route 66! E também nos ajude divulgando nosso blogspot! 

Em abril de 2022 tem Tour pela Route 66, e passaremos por lá! Vem com a gente!

Texto de Flávio Diehl 
Diretor Presidente da A&K Motorcycle Rentals



sábado, 2 de outubro de 2021

Reabertura da fronteira dos Estados Unidos e o Passaporte Sanitário

Nas últimas semanas tem havido grande expectativa com relação a reabertura das fronteiras dos Estados Unidos para o turismo, o que causa grande ansiedade principalmente naqueles que, como nós, são simplesmente apaixonados pela Route 66 dentre outros destinos naquele país. Rumores apontam que os Estados Unidos só deixarão entrar estrangeiros totalmente vacinados, a exemplo do que vem ocorrendo na Europa. 

E tudo isso porque, em princípio, há grande pressão da Comunidade Européia para cima do Presidente dos Estados Unidos, o Sr. Joe Biden.  Outros, por sua vez, mais conservadores, questionam onde estaria a tão defendida "liberdade", que é quiçá a coisa mais importante para os americanos...

E fica a grande pergunta: a exigência de vacinação para ingressar no país não seria uma verdadeira "ameaça" a liberdade dos cidadãos americanos? Sim, porque há de se pensar sempre na tal de reciprocidade diplomática. Se você exige que eu esteja vacinado, então poderei exigir o mesmo de você, não é mesmo? E mais, estaria ainda se limitando o direito de ir e vir do turista ou "discriminando" vacinados de não vacinados? E aqueles que, por alguma razão, não podem tomar vacinas diversas por conta de prováveis reações alérgicas ou outras, como ficam? E quem tomou a Coronavac, que, sussurram, não tem validade para a Europa e não deverá ter igualmente para os Estados Unidos? Como ficam estes? Devem procurar tomar doses de qualquer outra coisa que seja "aceitável" por lá? Ah... Mas como se não se pode escolher vacina? E nem tente, ou será tido como um "sommelier de vacina", seja lá o que isso queira dizer, transferindo-se a "culpa" para a pessoa que pretende viajar de que a "x" ou "y" não é tida como eficaz em determinado lugar! 

O certo é que hoje, dia 03 de outubro de 2021, Biden ainda não se pronunciou, nem confirma que vai e nem que não vai exigir a vacinação. As fronteiras simplesmente continuam fechadas para o turismo, enquanto operadoras e agências de turismo impulsionadas pelos mais diversos setores da mídia batem o pé de que não tem volta, choro ou vela: ou você se vacina, ou você não entra. E ponto final! Quem disse isso? Biden que não! Ao menos não por enquanto... Amanhã, claro, tudo pode mudar e se definir. Por enquanto, para Biden pouco importa se você está imunizado ou não. Não entra. Fim!  

Quem estará com a razão? A mídia ou Biden? Aliás, porque Biden não se pronuncia de uma vez e acaba com o mistério? 

Do nosso ponto de vista, a coisa é muito mais profunda do que nossa vã filosofia apolítica imagina. O silêncio de Biden existe justamente pela tal liberdade. Tem de pesar e decidir. O que é justo? O que não é justo? A imunização pode ser exigida e cobrada mesmo daqueles que com isso não concordem, em vista de um bem maior? Porquê? Pois se pensar e olhar ao redor, veremos que sustentam alguns com suas razões que não deixam de ter uma certa lógica (ao menos para eles e não se vê debate sustentável que não passe inevitavelmente e infelizmente por árduos posicionamentos políticos, ainda que não seja momento para isso), que se a vacina lhe deixa imune, porque o "medo" com os não imunizados, como se estes fossem verdadeiros leprosos ou portadores de peste negra? 

E como uma legítima lepra ou peste negra dos tempos antigos, em pleno século 21 vivemos novamente algo que nunca mais imaginamos poderíamos estar vivendo! Naquela  época, leprosos e estrangeiros eram tidos como os principais culpados pela doença mortal... Ervas aromáticas e "fumacê" eram tidos como bloqueadores da praga, que acreditavam, se propagava pelo ar. 

E as tulipas? Ahhhhh, as tulipas! Sinônimo de beleza e de ambiente limpo (?) ainda que não se animassem as pessoas a ao menos tomarem banho ou limparem suas casas e assim afastar as malditas pulgas dos ratos e os próprios roedores, reais causadores de tantas mortes. Pelo contrário, acreditava-se que o banho abria os poros e assim permitia a doença entrar com mais facilidade no corpo! 

Atualmente substituímos as máscaras em forma de bico de pássaro - receptáculo onde se colocavam as tais ervas aromáticas para os médicos respirarem um ar mais puro (?) - por máscaras meio sem graça de tecido. Que, dizem, são capazes de bloquear o vírus, ou ao menos evitar sua propagação. Acredito. 

Na melhor das hipóteses não temos de suportar a chuva de gotículas de quem tosse por perto. Isso ninguém merece! Independente de vírus! Assim como proximidade excessiva... 

Distanciamento social, aliás, é uma questão básica de saúde e de direito pessoal. Sim. De individualidade. Quem, afinal, em sã consciência, gosta de gente que nem se conhece espremida tentando ocupar o mesmo espaço onde só um cabe (você), seja no ônibus, no metrô ou na fila do banco? Quem gosta de sentar tão perto do colega de aula ou de trabalho a ponto de invadir o seu "espaço pessoal", aquele considerado por cientistas à décadas como sendo aquele em que você pode alcançar ou agarrar o pescoço alheio extendendo seus braços?  

Trocamos as ervas pelo álcool gel... Não mais são chagas, as manchas escuras na pele. Agora é a falta de ar e... E ai daquele que ousar espirrar ou tossir na rua! Tente não engasgar com o suco, com o café ou com a própria saliva, pois o medo, em maior ou menor grau, está no ar, e não há máscara ou erva aromática que o contenha! 

 O medo... Ah o medo! Este continua o mesmo.



Uns tem mais, outros tem menos. Uns negam a existência do próprio vírus, outros acreditam que é castigo divino. Como acreditavam as pessoas em 1348, no período conhecido por "Baixa Idade Média". 

Tulipas não mais temos, mas sobraram as tais bitcoins e no que mais possamos ver valor. Formando quem sabe mais uma bolha financeira, como ocorreu na era da "tulipomania", onde um único bulbo da planta valia tanto ou mais dinheiro do que um imóvel. 

E Biden... Biden faz o quê? 

Pobre Biden! Tem de escolher entre a liberdade e o medo. 

Força Biden! E sabedoria em sua decisão! Que Deus lhe ilumine e guie. 

Porque a gente... Olha... A gente só quer esquecer tudo isso andando de moto pela Route 66...


texto de Flávio Diehl

Diretor Presidente da A&K Motorcycle Rentals



domingo, 11 de julho de 2021

Oatman, Route 66 - Histórias inacreditáveis de luta, riquezas e pioneirismo

Oatman "Ghost Town" é uma cidadezinha perdida no meio do nada, mais precisamente junto às chamadas "Montanhas Negras" na região de Mohave, no Estado do Arizona, Estados Unidos.

Era apenas um pequena região de mineração, até que em 1915 dois mineiradores descobriram um filão avaliado em 10 milhões de dólares, o que fez com que a cidade crescesse para uma população de mais de 3500 pessoas, o que para a época e para o lugar, era de uma lotação inacreditável! 

O lugar recebeu este nome como uma homenagem a Olive Oatman, uma jovem de Illinois que fora capturada e escravizada por índios da tribo Tolkepayans, durante a viagem da família desbravando o chamado "faroeste" (ou oeste longínquo) lugar pioneiramente nos anos de 1851. A mesma foi depois vendida para a tribo Mohave, que adotaram ela e a tatuaram segundo os costumes da tribo. Foi liberta em 1856 no Fort Yuma. Para o resto de toda a vida ficou marcada como a primeira mulher tatuada por índios. Muito porém do que realmente aconteceu com a menina durante o tempo que esteve junto aos índios permanece até a atualidade como um verdadeiro mistério, assim como misteriosa você perceberá que é a cidade de Oatman, ora parecendo possuir uma atmosfera leve como pluma e no momento seguinte mais pesada do que o ouro que de lá se extraiu. Não raro um misto de sentimentos tomará conta de você no lugar... Em um momento você se imagina morando lá e no momento seguinte sente uma angústia enorme, querendo literalmente fugir do local.



O certo é que em 1863 a cidade de Oatman foi criada, quando nas Montanhas Negras o prospector Johnny Moss descobriu ouro no local e na sequência foi dado ao lugarejo o nome de Oatman em homenagem a menina cuja história era bastante conhecida e difundida. Porém o "boom" da corrida do ouro do lugar só chegou meio século depois, entre 1915 e 1917, quando a cidade se transformou em uma típica cidade da corrida do ouro, ou uma "boomtown" (cidade explosiva, que cresce do nada!), durante a próxima década sendo um dos lugares de mineração que produziram a maior quantidade de ouro do oeste americano. 

Em 1921 grande parte da cidade foi consumida por um grande incêndio, destruindo a maioria dos prédios,
com excessão do Hotel Oatman, que atualmente é a construção original mais antiga de dois pisos feita de adobe na região de Mohave, sendo considerado um marco histórico. A sua maior atração é o quarto onde passaram as núpcias o ator Clark Gable com sua então noiva Carole Lombard, onde se diz que passaram as núpcias em 1939, depois de terem casado em Kingman, no Arizona (cidade que também sempre visitamos em nossos Tours pela Route 66). 

Até 1941 se estima que o equivalente a cerca de 703 milhões de dólares foi extraído em ouro, quando então a produção foi parada uma vez que se necessitava primordialmente a mineração e extração de outros metais, em especial o ferro, para produção de armamentos e veículos para a grande Segunda Guerra Mundial. Na mesma época a cidade foi completamente abandonada, se transformando em uma cidade fantasma... Mas por volta dos anos 60, por conta da Route 66, foi novamente "redescoberta", recomeçando a reconstrução e a restauração da mesma como era antigamente. Ao contrário de Calico Ghost Town, felizmente Oatman não ficou por tanto tempo esquecida!

Algumas atrações imperdíveis em Oatman são o museu de motocicletas, em um dos últimos prédios no sentido de quem sobe a rua, no lado direito, o Hotel com suas milhares de notas de um dólar fixadas nas paredes e os burricos, que são os descendentes dos que trabalhavam arduamente nas minas de ouro, hoje em dia apenas desfrutando o local e mendigando alguma comida dos visitantes, os quais se divertem comprando os saquinhos pardos de "burro food" e oferecendo aos mansos animaizinhos. 

Enfim, mais um lugar imperdível que está sempre em nossos Tours Route 66, desde o mais em conta, o Black Friday, até o Route 66 Full. Escolha a sua data, entre em contato conosco, e venha conhecer toda a história do melhor da Mother Road e do Faroeste! 



Nos vemos em breve!!!



Informações sobre nossos Tours, consulte pelo Celular/WhatsApp (13) 99151-1711 ou e-mail aek@aekmotos.com.br 

quarta-feira, 26 de maio de 2021

O QUE ACONTECE EM VEGAS... - A VERDADE SOBRE LAS VEGAS E O QUE REALMENTE ACONTECE LÁ!

 Você sabe de onde surgiu a frase "O que acontece em Vegas, fica em Vegas!"? Dizem as más línguas que a frase original foi atribuída ex-Primeira Dama Laura Bush, esposa do ex-Presidente George Bush, nos idos de 2004 quando entrevistada no "The Tonight Show" do icônico apresentador Jay Leno, depois de uma "noitada", onde teria bebido, festejado e apostado. A frase original teria sido " What happens here, stays here!", mas logo foi em um grande golpe publicitário adaptada para "O que acontece em Vegas, fica em Vegas!". E em seguida filmes como "What Happens in Vegas" (O que acontece em Vegas) e "The Hangover (Se beber, não case!), de 2009, dentre outros, fizeram com que a fama da frase se espalhasse como rastilho de pólvora...

 

Mas a verdade sobre Vegas é bem mais antiga, e remonta quase à sua criação no século retrasado, quando os gangster tocavam o terror pelo Estado de Nevada...

Las Vegas desde sua criação foi um lugar onde a lei dura dos Estados Unidos sempre se mostrou mais branda ou flexível... Em Las Vegas, ou simplesmente Vegas, como gostamos de chamar, pode-se andar por exemplo com uma garrafa de cerveja na mão, sem ser minimamente importunado. Já em outros lugares, você será PRESO pelo simples fato de beber na rua! Estranho? Não! É a Lei! Você pode ainda comprar um "baseado", "marijuana", "fininho", "erva" ou "cigarrinho do diabo", como queira chamar, até mesmo já enrolado e pronto para o consumo, já que a utilização da droga de forma "recreativa" como dizem, é tolerado. Claro, que ao contrário da cerveja e bebidas alcoólicas em geral, não se pode consumir ao ar livre, mas não estranhe se você estiver em andares onde é permitido fumar ou então em alguns hotéis mais "fuleiros" e sentir um cheiro esquisito no ar...

Quando a Lei Seca imperava nos Estados Unidos - que vigorou de 17 de janeiro de 1920 a 05 de dezembro de 1933 - Vegas experimentou um de seus maiores crescimentos, tendo os Gangster se mudado para lá e investido grandes quantidades de dinheiro, dentre eles o famoso Benjamin "Bugsy" Siegel (o Grande Bugsy), pois viram nos jogos de azar um bom meio de lavar dinheiro, assim como a construção de cassinos cada vez mais luxuosos com a mesma finalidade. E não só estes mas também milionários começaram a investir pesado por lá (vide Howard Huges, ou o filme "O Aviador"), já que Las Vegas se mostrou um bom lugar para tornar lícito o dinheiro oriundo de fontes suspeitas.

Além de tudo isso, Las Vegas foi construído em meio ao deserto de Mojave, onde não havia nada para um lado e nada para o outro... 

Você precisaria se deslocar algumas centenas de milhas para chegar lá, naturalmente, "mal intencionado", para beber à rodo, para usar drogas ou simplesmente para jogar, atividades não permitidas em outros lugares dos Estados Unidos. Com bebidas, drogas, jogatina e dinheiro fácil, é meio evidente que a prostituição por lá também se instalou, muito embora seja proibida mesmo em Vegas. E daí para dívidas de jogo serem criadas, não serem pagas, surgirem os agiotas e com estes alguns corpos serem enterrados no deserto, foi um passo! Especula-se, inclusive, que hajam MILHARES de corpos enterrados de ex-jogadores - ou ex-devedores - por todo deserto! Pelo sim, pelo não, eu aconselharia não mexer nem com empréstimos e nem com nada ilegal em Las Vegas, bem como controlar a sede, já que alguns podem fazer bobagem quando perdem a linha! Como por exemplo, casar em Vegas por impulso! O que também é permitido ser feito por lá de forma bem rápida.

Enfim, a verdade é que muito do que se conta sobre Vegas não passa de lenda. E muita coisa que realmente acontece... Bom! Aí nesse caso, você sempre poderá como última alternativa, dizer: "O que acontece em Vegas, fica em Vegas!"

Curtiu saber mais sobre Las Vegas? Se gostou, vai lá no nosso canal do YouTube que tem a história completa neste link: Las Vegas - Mitos e Verdades

 

E se informe de nossos próximos Tours para ver com seus próprios olhos e experimentar com seus sentidos o que realmente acontece em Las Vegas! Sem dúvida, uma "vibe" inesquecível!!!

Vem conosco!

Para consultar as próximas datas, entre em contato pelo WhatsApp (13) 99151-1711 ou e-mail aek@aekmotos.com

E nos vemos em Vegas!!!

 

texto de Flávio Diehl 

26/05/2021



domingo, 25 de abril de 2021

A terrível e verdadeira história de Cadillac Ranch, em Amarillo, Texas - Route 66

Quem curte a Route 66 com certeza já ouviu falar do Cadillac Ranch, uma inteiração artística, ou ˜escultura˜, como queira o leitor, que se situa às margens da Route 66, mais precisamente na cidade de Amarillo, no Texas (Estados Unidos). 


A criação nasceu graças ao milionário Stanley Marsh 3 (era para ser III, em romanos, mas ele além de não gostar de numerais romanos, achava isso muito pretencioso), tido como um homem verdadeiramente excêntrico (era empresário e artista), e de reputação duvidosa, tendo sido acusado de abuso sexual de garotos menores de idade, do que nunca foi efetivamente condenado por falta de provas concretas, apesar dos fortes boatos na cidade. 

Nascido em 31 de janeiro de 1938, viveu durante toda a sua existência em Amarillo, quando morreu em 17 de junho de 2014, com então 76 anos de idade. 

Mas, ao que interessa, quanto a obra de arte pública, foi criada em 1974, portanto quando Stanley contava com 36 anos de idade, pelos artistas de nome Chip Lord, Hudson Marquez e Doug Michels, que eram membros de um proeminente grupo de arte denominado "Ant Farm", ou, na tradução, formiga de fazenda. 

A escultura foi então confeccionada utilizando-se um total de dez modelos de automóveis da marca Cadillac, e pretendiam representar a evolução do automóvel da marca desde 1949 até 1963, muito embora se especule que o significado da mesma seja algo muito mais profundo e místico... Isso tudo porque, algo que poucos sabem, todos foram posicionados com a frente enterrada em um ângulo idêntico às pirâmides de Quéops, um faraó do Egito Antigo que foi considerado um dos mais cruéis e sem piedade... Populares desde então conjecturaram que seriam também 10 (dez) os meninos molestados por Stanley, e cada um dos carros representariam um destes meninos e, o pior e mais sinistro, o ano de nascimento das vítimas, outros ainda defendendo de que se tratam dos anos em que as mesmas foram molestadas... Fato interessante que poucos se dão conta é que os anos não são sequenciais, embora nunca tenham estes carros deixado de serem fabricados e tampouco se houvesse a época da criação da obra dificuldades para se encontrar carros dos anos faltantes (1951, 1952, 1953, 1955, e 1961...) e, por conta disso, porque 10 (dez) carros e não 15 (quinze) para fechar todos os anos???!!! 



Histórias fúnebres e terríveis à parte, temos que são os seguintes os anos e modelos dos carros:

  • 1949 Cadillac Club Coupe
  • 1950 Cadillac Series 62 Sedan
  • 1954 Cadillac Coupe de Ville
  • 1956 Cadillac Series 62 Sedan
  • 1957 Cadillac Sedan
  • 1958 Cadillac Sedan
  • 1959 Cadillac Coupe
  • 1960 Cadillac Sedan (Flat top)
  • 1962 Cadillac 4 Window Sedan
  • 1963 Cadillac Sedan

No final da vida Stanley estava com graves problemas de saúde, e praticamente sem poder andar... Tendo que na maior parte do tempo ser carregado por parentes em uma espécie de cadeira de rodas. Seus inimigos contumazes costumavam dizer que ele estaria com isso pagando por todos os seus pecados...

Aliás, também é especulação de que os carros passaram a ser grafitados com o passar do tempo pelos visitantes em uma espécie de "vingança" contra Stanley. Não se sabe ao certo quando isso começou a acontecer, mas é fato que atualmente quem visita o local é incentivado a pegar uma lata de tinta spray - e normalmente há várias quase cheias atiradas pelo chão - e deixar a sua marca por lá, que logo em seguida é recoberta por outro "grafitti" do próximo visitante.

Outra coisa que poucos sabem, é que originalmente os carros estavam mais próximos da estrada, mas foram relocados em 1997 para duas milhas adentro do terreno, em vista da cidade de Amarillo que se expandia e a própria estrada que foi alargada.

Pensou-se nesta mesma época inclusive em se "acabar" com o local, mas, no final, a arte venceu o que parecia ser mais razoável (???) para umas quantas pessoas que não gostavam da vinculação do já então famoso local à figura de Stanley...

Fato é que foram desenterrados e novamente colocados em dez buracos no chão, duas milhas mais para dentro do terreno onde até hoje se encontram, lugar que não raro está embarrado e, por alguma razão um tanto desconhecida, aparentemente nada nasce, sequer inço! A qualidade da terra que não prestaria ou mais um sinal da "maldição" que acompanharia o Sr. Stanley?

E você? O que acha disso tudo? Será que realmente Stanley era um senhor que por trás de sua aparente inocência escondia um terrível segredo? Ou tudo não passa de inveja da população local?

O certo é que nossos Tours sempre passam por lá, e tanto nós quanto nossos clientes não podemos deixar de "pixar" aqueles velhos e sombrios Cadillacs...

Vem com a gente em um dos nossos próximos Tours e deixe também sua marca por lá!

Consulte as próximas datas no WhatsApp (13) 99151-1711

E vamos rodar!

 

Texto de Flávio Diehl 

25 de abril de 2021







quarta-feira, 10 de março de 2021

Não deixe que ninguém destrua o seu motosonho!

Falo "motosonho" mas vale pra tudo... Digo motosonho ou sonho de moto, de ter determinada moto, de fazer determinada viagem de moto e por aí vai, porque pra mim a vida gira em duas rodas. Como já falei em posts passados, me parece um eterno equilíbrio (em duas rodas!?), em que você pode percorrer a estrada de sua vida de forma rápida e despretensiosa, sem ver muita coisa, ou apreciando a paisagem, curtindo cada minuto. 

Acontece que no meio do caminho sempre tem os destruidores de sonhos! E eles aparecem das mais diversas formas que você possa imaginar! Podem lhe surgir em pequeníssima escala, quase inexistente ou "inventada" (a conhecida desculpa furada), como um pneu murcho, um dia ruim em que você por algum motivo está se sentindo desconfortável e desmotivado, uma dorzinha de cabeça, enfim, preguiça, quando então você desiste de sair para viajar ou qualquer outro motivo que é de SEU domínio. Mas os destruidores de sonhos podem lhe surgir em escala até global, como uma pandemia, a exemplo do que estamos vivendo, onde tristemente algumas pessoas parecem desistir de viver e de fazer planos. Enfim, desistem de sonhar e se entregam praticamente a uma morte em vida, não se importando com o dia de amanhã, não pensando no que podem fazer HOJE para que quando tudo passar realizem mais rápido do que os demais que ficaram vagando como verdadeiros mortos vivos enquanto esperavam uma solução dos outros.

O que deveria lhe ficar claro é que ao fim e ao cabo só depende de você, e como você encara tudo. Se de um jeito derrotista, ou se um jeito otimista. Se pararmos para pensar friamente, estes destruidores de sonhos sempre estiveram por aí, para quem quer lhes dar bola. 


É desde o "amigo" que lhe diz que não vale a pena, que determinada moto ou determinada viagem está cara demais (como se o fato dele dizer ou dele medir com a régua que ele tem devesse mudar a sua vida e os seus conceitos), que não vai dar certo, que isso, que aquilo e que aquele outro. Ah... Sem esquecer a frase preferida dos destruidores: é perigoso!

Perigoso? Perigoso é ficar em casa! Perigoso é morrer no sofá! Perigoso é ver a vida passar lá fora enquanto você se esconde para todo sempre, como se isso fosse lhe salvar, quando na verdade nada mais faz do que lhe matar dia após dia. E claro, se você resolver ir contra essa maré, você não está enxergando as coisas, você é ingênuo ou até mesmo - a palavra da moda! - é um negacionista!

E fico me perguntando... E quando você assume o fracasso, aí sim você é um positivista? Negacionista para mim não é só aquele que nega, mas que enxerga tudo de forma negativa! E se assim for, podemos ver que temos muita gente assim. Na letra fria, diriam ao me rebater que negacionista é o que nega a realidade, a fim de escapar de uma verdade desconfortável. Já eu prefiro ter a consciência de que toda a realidade existe para ser mudada! 

A vida é uma eterna mudança. Uma eterna "mutação"...

Nada existe sob os céus que aqui não mude. Mesmo o diamante, uma das pedras mais duras e resistentes, está para ser transformado, modificado, mudado. Da pedra bruta ele é encontrado e lapidado, valendo um bom dinheiro. E porquê? Porque alguém, humano, resolveu que assim seria! Até, claro, essa realidade ser mudada e algo venha a lhe substituir. Então o real o deixará de ser. Pela intervenção de alguém. Não de uma "fatalidade" tão somente.

Logo, resumindo tudo, ao final, enquanto vivo, é você quem decide! 

Assim, da próxima vez que alguém lhe disser que tá caro, que não vale a pena, que você não deve fazer aquela viagem, que você não deve sonhar, lembre-se: 

QUEM DECIDE O SEU DESTINO É VOCÊ!

Não deixe que ninguém destrua o seu motosonho!

E vamos nos programar para a próxima viagem!!!

Nós já estamos! E você?

Vem com a gente!

Flávio Diehl

A&K Motorcycle Rentals - Aluguel de motos e mototurismo em especial pela Route 66



segunda-feira, 1 de março de 2021

Alugar uma moto vale a pena? Porque é tão "caro"?

Porque que o aluguel de uma moto custa QUATRO VEZES MAIS que de um carro?

Volta e meia quando algum cliente sem muitas condições financeiras ou conhecimento do mercado de aluguéis de motos nos contacta, questiona de imediato do porquê alugar uma moto sai muito mais caro do que alugar um carro... Hoje vamos esclarecer isto em definitivo para todos os que tem essa dúvida ainda!

 


De saída, há que se frisar que a conta feita pelos clientes mencionados em geral consiste em pegar o valor de um carro intermediário como um Hyundai HB20 Sedan e comparar com o valor de uma moto... Assim, imediata e inadvertidamente ele conclui que o valor do aluguel de uma BMW R1200GS Premium deveria ficar na faixa dos R$ 130,00 (cento e trinta reais) a R$ 150,00 (cento e cinquenta reais), já que um carro que custe coisa de R$ 70.000,00 (setenta mil reais) como é o caso de uma R1200GS Premium, tem tal valor!

Aqui, já parte da primeira premissa errada, pois saibam que um carro para locadoras de moto em geral tem um desconto gigantesco, já que comprados em grande volume, geralmente o fazem diretamente da fábrica/montadora, chegando o valor por conta do desconto a ser 30% (trinta por cento) menor do que você, consumidor "normal", paga ao adquirir um veículo zero quilômetro. Assim, um carro de valor de mercado em R$ 70.000,00 (setenta mil reais) para o consumidor comum, acaba custando para a locadora de veículos aproximados R$ 49.000,00 (quarenta e nove mil reais). Vem pronto (i.e., não necessitam acessórios extras) e ao final de um ano ou de determinada quilometragem são vendidos usados não raro pelo mesmo valor que adquiridos (você já deve ter percebido que TODAS grandes locadoras de automóveis tem uma revenda de usados...). Há também um incentivo fiscal para compra do mesmo, sendo que o IPVA para locadoras de automóveis, por força de lei é a metade do que você paga em seu veículo! Sabia disso? Pois é... Seguro geralmente também não é problema, já que a frota é grande, e não raro as locadoras por deterem volume de caixa fazem o chamado "auto-seguro", ou seja, não tem seguro de seus veículos com seguradoras externas, contratando diretamente serviços de reparos ou assumindo a perda em caso de dano grande no seu veículo ou de terceiros.

Já para a locadora de uma moto, aquela motocicleta BMW que custa R$ 70.000,00 (setenta mil reais) acaba saindo na verdade por coisa de R$ 90.000,00 (noventa mil reais)! E lhe explico porquê desta triste matemática...

Uma moto sai da concessionária completamente "pelada" ao contrário do que ocorre com os carros. É exigência de qualquer cliente que uma big trail, por exemplo, possua protetor de motor, protetor de carenagem, top case e cases laterais, de preferência metálicos, impermeáveis e se possível com "inner bags" (sacolas próprias para bagagem que vão dentro dos cases). Se contar com tomada para carregar o celular e suporte para este, também será apreciado. Tudo isso, logicamente, custa dinheiro... E acredite, não é pouco! Um conjunto de cases metálicos e seus suportes chega facilmente entre R$ 12.000,00 (doze mil reais) e R$ 15.000,00 (quinze mil reais), enquanto um bom protetor de motor e carenagem passa facilmente dos R$ 2.500,00 (dois mil e quinhentos reais) se realmente tiver qualidade! Junte-se a isso um bom seguro, que custa em torno de 10% do valor da moto, portanto cerca de R$ 7.000,00 (sete mil reais), geralmente com uma franquia cara, sem contar que é um risco que em geral nenhuma seguradora se dispõe a assumir. Ao final de um ou dois anos, quando a locadora vai vender a moto, em geral ninguém quer, ou, quando aceita o negócio, desvaloriza a mesma, pois, afinal, foi moto de locadora, não é mesmo? Como se por isso fosse mal cuidada, o que está longe de ser verdade, uma vez que os clientes de locadoras de motos são selecionados, ao contrário de clientes de locadoras de carros, já que mais em conta, e mais acessíveis a maioria dos condutores! 

Incentivo por parte das montadoras para as locadoras de moto? ZERO! Afinal, na cabeça delas, se você alugar vai perceber que não vale a pena manter uma moto de grande porte e portanto não compra! Isso nos foi dito de forma bem clara e direta em reunião há muitos anos atrás pelo Diretor de uma grande e conhecida marca PREMIUM de motos, que por questões de ética não citaremos. Este entendimento é válido até hoje, e não tem razão para mudar. 

Nem vamos entrar na questão da manutenção, das revisões e outras, pois você que pilota moto já sabe o preço de um conjunto de pneus de uma moto de grande porte ou de uma revisão se comparado com a de um carro, não é mesmo?

O interessante é que essa assertiva se repete em qualquer lugar do mundo, seja no Brasil - onde se contam nos dedos de uma mão o número de locadoras de motos - seja na Europa ou nos Estados Unidos. 

Para analisarmos o exemplo dos Estados Unidos que citamos, na nossa empresa parceira, a Premium Rentals & Tours LLC, você consegue alugar uma BMW R1200GS Premium por cerca de USD 200.00 (duzentos dólares) com suas taxas e seguro, o que convertendo significaria cerca de R$ 1.140,00 (mil, cento e quarenta reais) na data de hoje, enquanto escrevemos esta matéria (01/03/2021). Já para alugar um carro como o Chevrolet Cruze (que nos EUA, pasme, é tido como um carro "popular"), você pagaria coisa de USD 50.00 (cinquenta dólares) com suas taxas e seguro, o que convertendo significaria cerca de R$ 285,00 (duzentos e oitenta e cinco reais). Ou seja, da mesma forma que acontece em solo brasileiro, o custo para a locação de um automóvel em terras gringas acaba sendo igualmente 1/4 (um quarto) do valor que uma moto de valor bastante semelhante (aparentemente, conforme lhe explicamos acima).

Por essas e outras que o mercado de locações de motos é tão restrito, ainda mais no Brasil, onde o cliente tem o hábito de comparar tudo de forma generalizada, sobretudo comparar preços, sem se dar conta de que precisaria analisar não só o "preço" estampado, mas o VALOR que há embutido em um negócio que venha a fazer. E VALOR é sabidamente diferente de preço...

Mas...

Se você entende de VALOR, seja nos Estados Unidos seja no Brasil, quando quiser realmente alugar uma MOTO, saberá que não estará alugando um simples carro! E que portanto justifica-se o VALOR maior a pagar. 


Afinal, rodar de moto por novas estradas é coisa que não tem "preço"! 

Para todo resto... Bom! Aí existem os carros, não é mesmo?

Abraços e nos vemos nas estradas!

Flávio Diehl 

A&K Motorcycle Rentals

Aluguel de motos no Estado de São Paulo; no Rio Grande do Sul e nos Estados Unidos

www.aekmotos.com.br

DESDE 2012 ALUGANDO EXCLUSIVAMENTE MOTOS E REALIZANDO 

TOURS PELOS ESTADOS UNIDOS!


 


segunda-feira, 1 de fevereiro de 2021

Hi Sahara Oásis, Route 66 - em Essex, Fenner ou Goffs, afinal?

 O Hi Sahara Oásis é mais uma parada obrigatória, ou não - e isso a gente já explica - em nossos Tours pela Route 66, com suas particularidades únicas, a começar quanto a dúvida de sua localização exata... Uns defendem ficar na localidade de Goffs (por estar na Goffs Road), outros em Essex (até por ter um paradouro a menos de milha dali chamado por paradouro de Essex) e finalmente os que afirmam estar em Fenner (pois aparentemente é o que indica no Google Maps).


De certo mesmo temos que é um lugar muito agradável para se parar, e as sombras proporcionadas pelas árvores e palmeiras do local é sempre única e refrescante. A verdade é que lá pelas tantas você fica em dúvidas quanto a entrar e se refrescar no ar condicionado, sob os olhos atentos dos funcionários que lá estão, ávidos para que você consuma algo e não fique só "moscando" além de "gastar" a refrigeração que está à todo vapor. A cada vez que você entra ou sai, um olhar ora fulminante, ora agradável. Nunca se sabe! 

E no mais, a mensagem é bastante clara e nos faz refletir. Em uma tradução rápida, o cartaz diz algo como "Nossos custos são extremamente altos. As entregas são cobradas em dobro neste local. Existe um vasto deserto de quase 100 milhas, sem nenhum serviço. Então por favor, não reclame dos preços. Você tem a escolha de ser um cliente ou não. Nós estamos aqui para sua conveniência. Obrigado por ajudar uma empresa familiar.". E logo abaixo, completa em letras garrafais e gigantes: "Banheiros são apenas para clientes que pagam...". E logo penso:

- Faltou o "por favor não insistir", pois não raro a gente vê por lá algum cliente "sorrateiramente" procurando o banheiro, sem absolutamente nada ter comprado ou consumido. 

Pois sim! Os preços são extremamente altos! Mas... Estão certos! E a gente que é empresário fica pensando porque mesmo cobrando sempre preços justos volta e meia ouvimos reclamações, ainda que em roda de nosso negócio encontremos um verdadeiro "deserto", com ninguém se prestando a oferecer o mesmo serviço que nós, já que, claro, é difícil até mesmo estarmos abertos em tal lugar. E no mais, como dito, o cliente sempre tem a escolha de ser um cliente, ou não! 

Então a gente conclui que reclamar é do ser humano... Nunca nada está bom. Todos querem o melhor, exigindo o menor preço. Como se isso fosse possível! Não enxergam que do outro lado do balcão existem pessoas, a um tentando sobreviver em um ambiente hostil, e a dois que estão ali apenas e tão somente para lhe servir. Porém, como eu sempre defendo, podemos ver o copo meio cheio ou meio vazio. Depende da perspectiva e um tanto do estado de espírito.

Mas para rodar na Route 66 antes de qualquer coisa você tem de ter um espírito livre, para se dizer o mínimo! Livre de preconceitos, livre de "frescuras", livre de exigências infundadas, livre muitas vezes de seu próprio corpo para não sofrer tanto, seja com altas, seja com baixas temperaturas. Seja por vezes por longos trajetos sem muita coisa para se ver, seja de outras paradas a cada 10 minutos de tanto que há para admirar. 

Como costumo também falar, temos quem veja na Route 66 apenas uma velha estrada, com velharias inservíveis, dignas de relicários, coisas e pessoas totalmente antiquadas, que parecem ter parado no tempo e que definitivamente se recusam a aceitar que o mundo mudou. Certamente se questionando: mudou para o quê? Será mesmo que foi para melhor? O que é esse tal de maldito "novo normal" que agora tanto falam? Normal é quando todos nós vivíamos em paz, cada um respeitando a loucura do outro, quando ninguém nos dizia o que deveríamos ou não fazer. Quando cada um decidia quanto a sua própria vida. Ou morte... Quase que consigo tirar uma radiografia dos que ali estão! E para estas pessoas que não entendem a Mother Road há uma solução geralmente ali bem do lado! A Highway 40, ou, via expressa. Onde você corre mais, chega mais rápido, e a sua frente só tem o asfalto negro a lhe desafiar. Mais nada. Simples. 

Estes apressados - que não andam e nem nunca andarão conosco - chegarão ali e só irão enxergar mesmo os altos preços... Enquanto se escondem como ratos pelos cantos procurando onde está o banheiro para fazer o número um...


Eu, geralmente tomando um refrigerante em uma mesa à frente dos freezers gigantescos do local, observo quieto e me divirto, enquanto aguardo nossos clientes se refrescarem antes de seguirmos para nossa próxima parada, em Goffs ou em Needles, onde pernoitamos. 

De tudo, o certo é que a vida passa rápido. Que tudo tem seu preço. E que você sempre pode escolher entre viver a vida ou não. Como bem diz o cartaz, você tem a escolha de ser um cliente. Ou não! 

A escolha, afinal, é sempre sua! 

E você? Escolhe o quê? Conhecer a Route 66 ou não?

 

Flávio Diehl

A&K Motorcycle Rentals

Para Tours pela Route 66, desde USD 500.00 para garupa, solicite o folder no 

Celular/WhatsApp (51) 99293-4447 ou direct do Instagram @aekmotos

quarta-feira, 27 de janeiro de 2021

Roy's em Amboy, Route 66 - Um lugar incompreendido

 Se tem um lugar na Route 66 que acredito ser totalmente "incompreendido", é o Roy's... Aliás, como TODA a "Mother Road", que apesar de ser a "mãe de todas as estradas", volta e meia é relegada ao esquecimento ou deixada para trás. Poucos ainda querem saber dela, preferindo a Highway ao lado. Sobrevive assim, aos trancos e barrancos, com as migalhas jogadas pelos passantes mais apaixonados, geralmente motociclistas "raiz" que não andam de patinete elétrico. 

 
E já tenho de fazer uma nota aqui, apontando nada ter contra os patinetes elétricos, senão já vem algum política e ambientalmente correto me xingar! Logo, vejam... Nada contra patinetes elétricos, ok? Ops... Mentira! Mas se isso faz você se sentir bem...
Patinetes e motores à combustão beberrões de nossas Harley's ou nossos carros 5.0 que não se medem o consumo mais por litros, mas por galões, à parte, o fato é que o Roy's está lá quase que atirado no meio do nada, com gasolina pra lá de cara - e ninguém consegue entender que ali caminhões de combustível não passam pelo mesmo valor que passam na HWY - e que evaporam os reservatórios quase que a olhos vistos tamanho é o calor no lugar em mais da metade do ano.

É claro que nada disso importa quando você percebe que ao menos a bendita Coca-Cola em garrafa de vidro está barata no lugar, e que o ar condicionado por lá realmente funciona... Tampouco importa se o tanque da sua moto ou carro está quase vazio!

O fato é que o Roy´s fica ao lado da linha do trem, e, além disso, por estar no meio do nada, era um lugar ideal para parada dos antigos viajantes da Route 66. Já teve portanto seus dias de glória. Agora contudo, está lá, parado no tempo, como que esperando o mesmo passar devagar... Fico me perguntando sempre que vou por lá porque raios não reabrem mais da dezena de quartos que tem o local e passam a hospedar os viajantes novamente. E aí já sem muito pensar relembro que quase NINGUÉM pararia no local, pois nada há de um lado, e outro tanto de nada no outro. E as pessoas atualmente não querem nem saber da paz do deserto! Preferem o barulho, a muvuca, restaurantes mil onde possam escolher algo em um cardápio com dezenas de opções... Ainda que acabem por comer quase sempre as mesmas coisas! 

Assim uns poucos ainda se arriscam por lá. Uns poucos visitam o lugar por ser um dos pontos turísticos da Route 66. Outros tantos, aficcionados por aviação, pousam suas pequenas aeronaves na pista de pouso que fica atrás do posto. Aliás, poucos sabem da existência desta pista de pouso...

Muitos fotógrafos conseguem ver ali o lugar ideal para as suas fotos! Outros tantos, amadores, que percorrem a velha estrada, sabem que na frente do Roy's está uma das melhores locações para se tirar aquela foto especial com o "Route 66" pintado no asfalto... Eu suspeito que o dono do lugar mantenha a pintura em dia, regularmente retocando a mesma, pois em nenhum outro da estrada se vê o logo com tanta perfeição e tão pronto para os cliques...

E quanto a história do Roy's e de Amboy? Bem... Eu poderia ficar horas - ou linhas e linhas - falando sobre o lugar e do porquê ele é tão especial... Mas não sei mais se alguém iria me ouvir! E no mais, eu prefiro sempre contar sobre Amboy quando chegamos para o pernoite em Needles, durante nossos Tours Route 66!

Quer saber mais? Entra em contato e vem conosco!

 

Flávio Diehl

Diretor Presidente da A&K Motorcycle Rentals

(51) 99293-4447 / @aekmotos