segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Triumph Tiger Explorer versus BMW R1200GS. Com qual moto você vai melhor, afinal?

No post passado, ao fazermos um comparativo técnico entre a Triumph Tiger 800XC e a BMW F800GS, um amigo pediu algumas linhas para decidir entre a Triumph Tiger Explorer ou a BMW R1200GS. 


De plano, já deixei claro a ele que meus "post" tratam apenas da questão comparativa técnica, já que igualmente não andei nessas duas motos. Tive, porém, por "apenas" 3500km uma BMW R1200GS Adventure, que de meu ponto de vista não se compara sequer com sua irmã menor R1200GS "normal". São, mesmo dentro da família, dois mundos completamente distintos. É meio como dois irmãos gêmeos, idênticos, mas onde um fez musculação para crescer e o outro ficou apenas no aeróbico...

Agora...

Quando se fala na nova Explorer comparando-a com a R1200GS, primeiro temos de saber onde estamos pisando. Qual a intenção real? Comparar a Explorer com a  "antiga" R1200GS a ar ou com a NOVA R1200GS Liquid Cooler 2013? Ou estamos comparando a Explorer com a R1200GS Adventure 2012???

O mais "justo" para nós parece ser fazer o comparativo entre a R1200GS que está no mercado e a Explorer... A um porque se fôssemos comparar a inglesa com a top de linha Adventure, temos que a primeira sairia em franco prejuízo (nada bate a suspensão regulável da Adventure ao toque de um botão e aquele tancão de 33 litros, que a tornam uma "comedora de estradas"!!!), e a dois, se comparássemos a R1200GS LC (nova) com a Explorer, estaríamos a fazer comparativos de algo que NÃO está no mercado com outra que já está. Nesse ponto, porém, temos que a briga mais "justa" seria exatamente entre estas duas, mas temos que, com toda tecnologia embarcada na nova R1200GS, mais uma vez a inglesinha poderia ficar à ver navios. Dito tudi isso, ficamos na comparação entre Tiger 1200 XC e R1200GS.

Aos fatos estamos falando de uma alemã com 1170cc's, 110cv's e 229kg (ordem de marcha) contra uma inglesa de 1215cc's, 137cv's e 259kg (ordem de marcha) e aí o bicho já começa a "pegar"...

Pelo que se poderia dizer de saída, verifica-se que a Explorer responde com um motor bem mais agressivo, necessitando, contudo, atingir 9000 rpm's para encontrar sua maior potência, enquanto que a GS já está fazendo isso nas 7750 rpm's. Isso quer dizer, basicamente, que o motor da Tiger estará "berrando" bem mais para atingir seu torque máximo mas que tem bem mais "puxada" que a  BMW? Absolutamente, a resposta é um sonoro NÃO! Muito embora estejamos falando de 27 cavalinhos à mais, estranha-se que a inglesa tenha praticamente o mesmo torque da alemã, com a diferença de que a BMW atinge sua força máxima à rotações muito inferiores do que a Triumph. Culpa do motor tricilíndrico da Tiger, pois, na teoria, quanto maior o número de cilindros em motos, mais rotações teremos de ter. É por conta disso que os sonoros "quatro em linha" exigem rotações tão elevadas e vão muito bem em esportivas. Então, teoricamente falando, desde já se percebe que a inclinação da germânica é muito mais "off" que a tigrada, a qual deve ir melhor no asfalto, de onde parece vir o maior apelo das motocicletas da marca, que não fazem feio em tal ambiente. 

Em termos de consumo, a BMW ressalta que a 90km/h, pode-se atingir surpreendente marca de mais de 23 km/l. Considerando seu tanque de 20 litros, estaríamos falando de uma autonomia de mais de 450km, o que sinceramente, acho muito pouco provável. isso porque o trajeto em qualquer estrada lhe obriga enfrentar ventos, paradas, acelerações, freadas bruscas, mudanças de temperatura, carga, etc., pelo que razoável seria falarmos em uns 20km/l (até porque, convenhamos, não conheci nenhum motociclista de longo percurso que mantivesse seus 90km/h sobre motos de altas prestações!). 

Já a Triumph fala a mesma coisa, se atrevendo algumas publicações a falarem de até 24km/l. Tanque? Idênticos 20 litros... É a eterna briga de qual big trail é a melhor, qual anda mais, etc., etc., etc. Mas... Com 137cv's e um bom motor quase esportivo, acredito ainda mais difícil do que na BMW manterem-se as baixas rotações e velocidades para se fazer média tão boa. A vontade de "enrolar o cabo" sem dúvida é bem mais latente. Ficaria, portanto, também na Triumph considerando os 20km/l. 

Dois discos flutuantes de idêntico tamanho na frente das duas motos, 4 pistões para as mesmas, e na traseira, um disco simples de 2 pistões, e a gente já começa a se perguntar quem copiou quem, ainda mais quando vemos que ambas usam pneu de 110/80 R 19 na dianteira e 150/80 R 17 na traseira. Nada menos original é possível. E como se não bastasse, as suspensões mudam em milímetros apenas, com 190mm de curso na dianteira de ambas contra 194 e 200mm com vantagem da BMW na traseira. Milímetros esses que não fazem praticamente diferença nenhuma. Em tese... Sim. Porque nunca podemos esquecer que nas BMW's 1200 estamos falando do sistema de amortecimento frontal telelever, que pode vir equipado com "ESA", enquanto na Triumph não há essa tecnologia toda. De se admirar por conta da parafernália da alemoa, que a Triumph seja mais pesada. Aliás, esse foi ponto que muito nos supreendeu quando do lançamento da Explorer, pois, sinceramente, esperávamos uma moto um tanto mais leve (nota: a Super Ténéré também perdeu pontos conosco nesse quesito...), uma vez que estamos falando de corrente e não cardã, de suspensão invertida simples e não telelever, de mesma capacidade de tanque, motor que não muda tanto, etc. Estaria toda essa diferença de peso em 1 cilindro a mais da Triumph? De minha parte, tenho que a inglesinha poderia - e deveria - fazer um bom de um regime, antes de mais nada!

Quanto ao conforto, o banco da BMW fica a bons 850mm do solo, recebendo bem pilotos de 170 e poucos centímetros de altura. Da mesma forma anda a Triumph, com seu banco que não assusta pilotos menores, distando este a 840mm do solo.  

Mas...

(e o que "mata" é sempre o mas...)

Se a Tiger Explorer vier ao Brasil - e isso não é nenhuma certeza, embora boa probabilidade - especula-se irá custar em torno de R$ 63.000,00 (sessenta e três mil reais) o que é valor bastante salgado e faz o potencial consumidor pensar muito antes de partir para experimentar a novidade. 



Outro fator preocupante, como sempre, é que a Triumph tem poucos representantes no Brasil, e, muito embora o fabricante avise que vai implementar em torno de 12 pontos de representação até final de 2013, não se pode contar com a galinha antes do ovo. Ou vice-versa. 

Finalmente, salvo por importação direta, não se terá antes de abril do ano que vem a moto aportando por aqui. 

Dito isso, se a questão é comprar já, não resta outra alternativa que não a BMW.  Porém se não há pressa... 

Malditas dúvidas!!! Nada melhores quando as tão doces em torno de motos...



Crédito das fotos: 
Site http://www.motociclismo.es


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Tours pelo Mercosul, Route 66 - Estados Unidos, Portugal, Canadá, África e outros diversos destinos
Consulte sobre locações e pacotes:  aek@aekmotos.com
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* Informamos que os post elaborados são realizados geralmente apenas com base em informações variadas buscadas junto aos fabricantes, impressões "estáticas" das motos comentadas e ainda por matérias de diversas páginas da internet e imprensa especializada, nacional e sobretudo estrangeira, de onde procuramos selecionar os melhores e mais fidedignos dados. Junto a isso, adicionamos experiência de mais de 15 anos de pilotagem e centenas de milhares de quilômetros nos mais diversos tipos de motos, estradas e condições climáticas. É com estas bases e características técnicas de cada moto que procuramos emitir impressões acerca de um e outro modelo. Por tais razões, nossa opinião não é indicativo ou sequer sugestão para aquisição de um ou outro modelo.

O autor do "post" não teve contato direto até a presente data com a moto Triumph Tiger XC, pelo que as impressões quanto a mesma são ainda mais técnicas do que com referência a R1200GS, uma vez que já teve, em contrapartida, oportunidade de pilotar por 3500km uma Adventure.  

Frisamos, por fim, que não temos nenhum vínculo ou obrigação comercial com quaisquer das marcas citadas. Quaisquer críticas podem ser dirigidas diretamente ao e-mail adv_shadow  arroba yahoo pt com pt br . 



sexta-feira, 16 de novembro de 2012

BMW F800GS ou Triumph Tiger 800XC? Qual dessas é a sua próxima moto?

Todos sabem de minha admiração que já vem de longa data pelas motos BMW. Sempre achei difícil encontrar substitutas à altura de tais máquinas, seja por conta da tecnologia embarcada em tais motos, seja pelo design ou teorica confiabilidade mecânica. Costumo comentar que enquanto as outras estavam indo com a farinha, a BMW já vinha de volta comendo o bolo...

É só dar uma olhada em termos de ABS, cardã, controle de tração, etc., que meu leitor vai compreender o que estou querendo dizer. Isso sem falar no design. Parece que todas querem imitar a BMW e ficar o mais parecidas possível com a mesmas, sobretudo em se tratando do segmento big trail. "Mutatis mutandis" é tipo o que acontece no mundo custom, onde todas querem se parecer com a Harley.

Assim, para mim a BMW até hoje tinha reinado absoluto sobretudo no setor das big trails. Até hoje...



O que mais me "emociona" no mundo, seja das motos ou das pessoas, são aquelas "inconformadas". Claro, não as choramingas... Gosto daquelas justamente que não ficam choramingando dizendo que estão perdendo mercado, que o mundo não é justo, patati, patatá, e que diante das adversidades "tiram a bunda da cadeira" e fazem algo para mudar. A Triumph prá mim mostrou esse seu lado guerreiro.

Enquanto a Suzuki deixa a DL-VStrom cair no esquecimento (somando-se as inúmeras críticas dos clientes quanto a precariedade de atendimento da rede de concessionárias no Brasil, quem nem o modelo 2012 com ABS se dignou a trazer), a Honda que parece querer  nos entupir motos do início do século XIX como último grito, a Kawasaki  que tenta calçar suas luvas de boxe com a Versis (o que ouso teimar não se enquadrar na linhagem das big trails sob protestos ruidosos de muitos admiradores), e a Yamaha... Bem, a Yamaha que em se tratando de trails médias apenas se resigna a enfiar uma carenagem "grilística" que juram linda na antiga XT 600 e tenta a todo custo convencer os consumidores de  que fez misérias tecnológicas (sequer um réles ABS a Ténéré 660 ganhou)... ...a Triumph simplesmente entra no ringue e se prepara para bater. E bater forte!!! Não é uma luta de "barbies", mas de profissionais.

Em um canto, pesando185kg, 85cv's e suspensões de 230 e 215mm de curso: BMW F800GS!!!
No canto oposto, pesando 201kg, 95cv's e suspensões de 220 e 215mm de curso: Triumph Tiger 800XC!!!

Já daí começa o leitor mais atento a se questionar: mas porquê 16 quilos a mais? Nossa! 10 cavalos fazem bastante diferença. Sempre é bom ter mais cavalinhos... E o curso das suspensões então? Quanto maior, melhor. Não é assim?

Ponto para uma de um lado, para outra de outro.

Aí nos adentramos mais nas fichas técnicas de ambas motos, e vemos que enquanto a Triumph atinge seu torque máximo há 7850 rpm's, a  BMW já o está fazendo em 5750 rpm's. Uma diferença bastante significante, culpa do motor muito mais esportivo da Triumph, que privilegia as altas rotações e, bradam alguns, afasta a moto um tanto do "off road". E aí, nota-se ainda que embora com maior cavalagem, o torque da inglesa é quase 20% menor que da alemã. Com tudo isso, não faltam os que defendam que se sua praia é off, a BMW é a sua melhor opção enquanto outros que se vai andar mais no on, não precisa pensar duas vezes para embarcar numa Triumph. Os três cilindros da Triumph contra os dois da BMW, querem fazer confirmar a tese.

Por outro lado, a Triumph ainda apresenta uma altura de banco quase 30mm menor que a BMW, o que chamará atenção dos motociclistas que não tem lá descendência germânica e nem seus 1,80m de altura, estes se adaptando melhor à bávara. Claro que o curso menor dos amortecedores da Triumph também influencia nesse ponto e, de negativo, deixa  o cárter da última mais próximo do solo, o que nunca é boa coisa.

Assim como não é coisa boa uma moto com tanque pequeno e, aí a BMW ganha nota mais baixa. Apenas 16 litros no tanque sob o banco tem sido alvo de infindáveis críticas. 19 da Triumph já é um pouquinho melhor e, levando-se em consideração que os motores de altas rotações costumam ser um pouco mais econômicos do que torcudos de baixa, é a Triumph que promete uma autonomia ligeiramente menor. Não impressionaria algo na casa dos 400 e poucos quilômetros mantendo a mão leve...


Sistema de freios praticamente idênticos em ambas, com dois discos à frente e um na traseira. Praticamente o mesmo tamanho e componentes, com dois pistões por disco à frente e um atrás. A diferença fundamental parece estar no ABS. Lá fora é item opcional. Porém, pelo site brasileiro da Triumph, parece ser item de série. Uma preocupação - e dinheiro - a menos. Ou a mais, dependendo do ponto de vista.

No mais, são motos muito parecidas... Tanto que não fique surpreso se um frentista ou motoboy muito desavisado e metido a entendido lhe perguntar se a inglesa é uma BMW e a alemã uma Triumph e/ou vice-versa. Rodas e pneus de tamanhos idênticos, ambas contando rodas raiadas, injeção eletrônica, um painel que presta todas infomações necessárias, transmissão por corrente, boa capacidade de carga, etc., etc., etc. Confiáveis, confortáveis para o que se propõem e capazes de proporcionar bastante diversão a seus pilotos. A Triumph vence de um lado, a BMW de outro. Tudo depende do que está sendo analisado.


E por falar em dinheiro, que é uma das coisas que muito nos interessa, a Tiger 800XC vem anunciada a exatos R$ 39.900,00 enquanto que a F800GS estacionou na casa dos R$ 42.900,00. Isso o modelo "antigo" da BMW, lógico, pois ao que tudo indica, a nova 2013 vem com mais tecnologia (fundamentalmente ESA na traseira e também controle de tração), o que pode colocar alguns querequequés a mais no valor final da mesma.


Agora resta ao consumidor escolher o que é o melhor para si...

Quanto a mim, confesso que estou em uma terrível dúvida. Terrível e doce dúvida...


Crédito das fotos: 
1 - site http://rootsbd.com
2 - google images 
3 - site forum.motociclismo.pt
4 - site www.bikescatalog.com
5 - site www.motorcycle.com 

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Consulte sobre aluguel de motos ou pacotes:  aek@aekmotos.com

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* Informamos que os post elaborados são realizados geralmente apenas com base em informações variadas buscadas junto aos fabricantes, impressões "estáticas" das motos comentadas e ainda por matérias de diversas páginas da internet e imprensa especializada, nacional e sobretudo estrangeira, de onde procuramos selecionar os melhores e mais fidedignos dados. Junto a isso, adicionamos experiência de mais de 10 anos de pilotagem e centenas de milhares de quilômetros nos mais diversos tipos de motos, estradas e condições climáticas. É com estas bases e características técnicas de cada moto que procuramos emitir impressões acerca de um e outro modelo. Por tais razões, nossa opinião não é indicativo ou sequer sugestão para aquisição de um ou outro modelo.

Temos recebido críticas de alguns de nossos leitores, alegando que os relatos e impressões não são fidedignos, uma vez que não fizemos os "test drivers" nas motos. Reconhecemos isto como uma lacuna, a qual se dá por conta que mesmo tendo por várias vezes solicitado oportunidade de "test drive" perante concessionárias e representantes das marcas, os mesmos sempre são negados ou na maioria das vezes simplesmente não nos é dado retorno. Temos isso como reflexo do mercado de consumo e perfil dos consumidores brasileiros, que geralmente compram motocicletas sem ao menos ter a oportunidade de experimentar as mesmas.  

Frisamos, por fim, que não temos nenhum vínculo ou obrigação comercial com quaisquer das marcas citadas. Quaisquer críticas podem ser dirigidas diretamente ao e-mail adv_shadow  arroba yahoo pt com pt br .