terça-feira, 27 de março de 2012

Motos inéditas! BMW R1300GS? Triumph Tiger 2012? BMW G650GS Sertão? "Novos" (???) lançamentos em breve!

Já estão chegando...

A R1300GS (ou outro nome que derem), provavelmente para final do ano, início do próximo. No Brasil, alguns meses (ou quase ano) depois, de certo.

De minha parte, aguardo ansioso a G650GS Sertão! Pelo que andei bisbilhotando, chegará em maio às concessionárias BMW. O que, diga-se de passagem, acho verdadeiro absurdo. Absurdo porque na Europa a Sertão já está no mercado desde o ano passado. Mas, peraí! A Sertão não é feita aqui no Brasil, como uma homenagem ao nosso sertão, ao Rally dos Sertões?

Sim, mas e daí?

Daí que estamos na Terra Brasilis... Não vai de longa data, porém, que a coisa era pior, e que não os últimos, mas só "o que sobrou" vinha para cá. Prática que a Honda ainda insiste com a Transalp (só chegou no Brasil no seu último suspiro) e outros grupos como o JToledo fazem questão de esquecer que existem atualizações, insistindo, por exemplo, na DL-VStrom 650 "pelada", quando lá fora à muito já tem inclusive ABS.

Ainda assim, antes era uma "luta" para comprar! Quem não lembra das BMW F800GS? Ou das 650 Twins? Quando aqui aportaram, custavam mais de 45 mil a 650 twin e a F então, era prá coisa de mais de 50 mil!!! Isso sim era triste! Conclusão que você comprava uma R1200GS usada pelo valor de uma 800 nova. E claro, sem tirar o mérito da 800, a R1200GS é muito mais moto, dependendo, é claro, do seu biotipo, tipo de tocada que quer impor, terreno que vai transitar, etc. Começaram a montar no Brasil, abaixo de críticas de ser BMDafra, mas está aí, firme e forte e, o principal, mais em conta.

Aí você pergunta de quem é a "culpa", e a tendência de atribuí-la a BMW do Brasil é enorme! Mas, será que é assim mesmo?

Não vou sair defendendo empresa alguma, mas é fato que para uma empresa estrangeira é muito mais negócio mandar dinheiro para fora do Brasil primeiro, fortalecendo a própria indústria estrangeira, do que deixar tudo por aqui já de saída.

Papai Noel não existe. Coloque-se no lugar. Imagine que você está lá no exterior, ganhando uma boa grana, mas morando "de favor" ou de aluguel. Você vai colocar toda a sua grana na reforma do imóvel do seu senhorio ou vai mandar o dinheiro pra família reformar/aumentar ou construir sua casa? Ou então mesmo que seja aqui e você está construindo sua casa... Quem irá privilegiar? O locador ou injetar grana para garantir seu próprio e futuro imóvel?

Alemão privilegia alemão. De minha parte não estranho nada - empresarialmente falando - que na Europa e outros lugares já tenham a Sertão e aqui não. Mas que vou morrer achando um absurdo, isso eu vou.

Enquanto alguns dormem em cima das palhas, já tem importador independente trazendo desde Triumph Tiger 2012 à Ducatis e congêneres.


Hoje em dia não há mais consumidor bobo. Nem sendo brasileiro. Estamos parando de aceitar contas coloridas e espelhinhos em troca de ouro...

domingo, 25 de março de 2012

As motos, o couro de burro e o de vaca...

Volta e meia quando vejmos um motociclista sem equipamento de proteção, costumamos pensar: "Couro de burro é bem mais caro do que o couro de vaca."
Dia desses, lemos sobre um Deputado, do qual nem nome lembramos, com mais uma proposta de lei que impactaria diretamente a vida dos motoqueiros/motociclistas. A propósito, é incrível a capacidade elocubratórias destes legisladores, e ultimamente tem predileção pelos motoqueiros (ou motociclistas, como preferir o leitor). Essa, porém, não era tão absurda quanto as que já vi (para mim, a pior de todas foi a tentativa de proibir o garupa!), e, em tese, restringia-se a tornar obrigatório o equipamento de segurança por parte do piloto, incluindo aí, além do capacete - item de segurança que não mais se discute a necessidade - também botas, casaco e luvas, além de calça comprida.
Diga-se de passagem, de plano, tudo isso é uma redundância, pois o Código de Trânsito já conta com artigo próprio determinando que se use vestimenta e calçado adequado para dirigir/conduzir veículos (leia-se aí pilotar motos também) e é mais do que óbvio que chinelos de dedo ou as sandálias de toda sorte de modelos que as mulheres usam, não são e nunca serão calçados adequados!
Lá pelas tantas, amigo nos veio com a frase fatídica, que não deixa de ter sentido: "de boas intenções, o inferno está cheio!".
Discutimos longamente sobre a necessidade ou não de equipamentos de proteção, à todo momento. É claro que é quase inviável - e atire a primeira pedra quem nunca o fez! - se pensar em ir até as duas ou três quadras de distância onde fica a padaria, num dia quente de verão, trajado dos pés à cabeça como quem vai pegar a estrada. Nestas ocasiões, as luvas e calças compridas, normalmente são esquecidas, e a jaqueta então...
Há que se ter um meio termo. O equilíbrio é a base de tudo na vida, sem dúvida! Claro que não gostamos nem de ver - e nos embrulha o estômago - motoloucos "ousados" de chinelo de dedo e bermuda sobre uma moto, como quem está de biclicleta. Pior ainda, vê-los conduzindo nas estradas, à altas velocidades, o que não é cena nem um pouco rara.
Mais...
A tal lei, se passasse, não seria mais um "nicho de mercado", onde se precisaria então selos do INMETRO e congêneres para tudo quanto é equipamento? Não teríamos vistorias de luvas, jaquetas, calças e outros equipamentos, que, ao final das contas, não poderiam mais vir na mala do que pode ir ao exterior fazer umas comprinhas ou importar os melhores equipamentos de forma direta, "protegendo" assim a indústria nacional, que tanta coisa de nem sempre tão boa qualidade nos "empurra"? Pois até hoje ninguém conseguiu me convencer que um Taurus, com selinho é melhor do que um Arai ou Shoei SEM selinho do INMETRO.
A lei é dura, mas é a lei. Se passar, passou e terá de ser cumprida, o que pode se tornar um grande problema de protecionismo do mercado nacional, de mácula ao direito do trabalhador menos abastado, que vai se obrigar a comprar casaco de proteção e botas, além de bauleto para carregar e guardar toda tralha ao chegar ao trabalho, etc.
O real problemá, é um só: nossos legisladores, normalmente não entendem é lhufas sobre motos, mas ainda assim querem legislar sobre.
O entendimento final, para mim e para Kyt deveria ser um só: que todos compreessem que o couro de burro é bem, mas bem mais caro do que o couro de vaca.
Cada um sabe o quanto vale o próprio couro.
De nossa parte, se um dia tivermos a infelicidade novamente de ralar, preferimos que seja mais uma vez o de vaca.