quinta-feira, 25 de março de 2010

A melhor moto do mundo...

Dia desses, em lista de discussão, voltou-se à velha “vaca-fria”... Qual era a big trail melhor? A R1200GS Adventure ou a V-Strom?
Considerações daqui, dali, sempre acabo me lembrando da frase de amigo, que insistia em dizer: “A melhor moto, é aquela que você tem...”.
Um os pontos da discussão residia na questão do porque uma R1200GS Adventure custava o dobro do preço de uma V-Strom, se não era aquela, teoricamente, duas vezes melhor. Piadas daqui e dali, houve até quem discordasse, dizendo que a “beemer” não era mesmo duas vezes melhor. Era no mínimo três!

Eu, particularmente, não vejo com bons olhos motos que se destinam também para o fora de estrada carenadas. Simplesmente não combina! Pelo simples fato de que mais dia, menos dia, vão no mínimo tombar, e aí a carenagem vai pro espaço. Claro que há a opção do protetor de motor e carenagem, vulgo “mata-cachorro”, que nem sequer a BMW dispensa. A Adventure já vem com. Mas, enfim...

Essas discordâncias me lembrou de outra, há tempos atrás, em que um outro comparava uma esportiva de 600 cilindradas com uma extinta shadow 600. Porque da diferença de preços, afinal? E porque, por Deus!, uma esportiva custava até 3 vezes mais? Não era só dividir o total por 600 e cada cilindrada era “x” valor? Grande bobagem!

A verdade é que cada coisa tem seu preço. E a BMW, para puxar um pouco mais a brasa ao assado da mesma, como sabiamente me confidenciou outro, já vinha com ABS e cardã quando outras estavam na era do freio à cabo de aço e da corrente. Agora vai com ajuste de pressão de pneus, controle de tração, suspensão eletrônica ajustável, manoplas aquecidas, computador de bordo, etc. E as demais, ao que consta, aos brados, como se tivessem descoberto o fogo, começam a falar no tal de ABS...

Tudo tem sem preço. Quer tecnologia de ponta? Vai pagar caro...

Basta saber quem quer pagar o preço e porque. Não fosse assim toda prestação de serviço teria o mesmo preço, a alface custaria o mesmo que o tomate, a carne de terceira com osso o mesmo preço que o filé, e a vida, enfim, nem teria graça! E nesse dia, provavelmente, andaríamos todos de CG e voltaríamos às aulas de datilografia... Ou seria mecanografia? Esqueçam-se os ABS, os telelever, o controle de tração e voltemos ao bom, velho e confiável carburador.
Quer saber?

Viva o “maldito” capitalismo!



A&K MotoAdventures

Onde moto não é mero transporte...

quarta-feira, 24 de março de 2010

AeK MotoAdventures

Motos?
Sim, obrigado!
Duas ou três porções para mim, por favor...
Comecei devagar - ou não - numa Shadow VT 600, andando pelas loucas ruas do Rio de Janeiro, por vezes me perdendo pelas favelas, quando o povo me olhava com cara de "Coitado, está perdido", e não raro os "mano" apontavam o caminho de volta ao asfalto. Estivesse com outra moto seria diferente? Talvez sim, talvez não. Hoje, casado e com filho, não pretendo renovar a experiência.
Eram dias de coragem, dias de andar de shadow... Boa moto. Péssima moto!

Motos? Sim, obrigado! Veja três porções para mim, por favor! E quando me dei por conta...


Lá estavam elas. As três enfileiradas, em formação na minha garagem, onde apenas seis rodas permaneciam em contato com o solo.
Carro?
Não, obrigado!
Vamos de moto para onde for.
Até o fim do mundo, se necessário.
E sempre é.
Ao menos para um motociclista, que por si só, já não é ser inserido na média da população. Ele é de início diferente, não só por ser, mas por querer ser. Ele é aquele que dá risada por estar pilotando na chuva, enquanto outro passa emburrado em um carro fechado, no conforto do ar-condicionado.
Ou no conforto da música ambiente, encerrado em sua gaiola de metal, enquanto o motociclista, como pássaro, vai montado nas asas do vento.
Mesmo antes de emparelhar com aquele motorista, o motociclista já sabe até mesmo se aquele está a fumar. Sente os cheiros no ar... Se houver chuva à frente, também pelo olfato o motociclista prevê o que lhe espera pelo caminho. Pode-se dizer que ele "vive" o caminho, vive a viagem. Ele ali está a cada momento, a cada quilômetro e não simplesmente vai. Quem vai é o motorista, com hora para chegar. Já o motoqueiro... Ah, esse louco incurável!


Talvez seja eu que viajei pouco na vida e esqueci de ver aqueles que, afastando-se, batem fotos do próprio carro, pairando em meio à paisagem.
Talvez eu não saiba da metade dos prazeres, da segurança e do conforto de viajar em um bom carro.
Mas, raios! Esse sentimento de insegurança e desconforto dentro de um carro não passa nunca!
Case-se com uma mulher belíssima que aceite suas loucuras e, quem sabe, formes siglas, empresas, sonhos:


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Onde moto não é mero transporte...